sexta-feira, 31 de março de 2017

VIDA E OBRA DO DESEMBARGADOR JOSÉ FERNANDO DE LIMA SOUZA ( FERNANDO TOURINHO ).



O Desembargador José Fernando Lima Souza ( Fernando Tourinho ) nasceu em 03 de julho de 1937, na cidade de Major Izidoro, no Sertão Alagoano. É filho do casal Aprígio Francisco Souza e Alcina Lima Souza. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas ( UFAL ), turma de 1962 e, logo após a formatura passou a exercer uma advocacia extraordinária que durante sua vida toda era tido como um dos mais importantes criminalistas brasileiro.O nome de batismo, José Fernando Lima de Souza, era uma formalidade. Alagoas inteira sempre o conheceu, chamou e admirou como Fernando Tourinho. O apelido vem dos tempos de jogador de futebol, uma marca registrada do zagueiro viril, acabou incorporado ao sobrenome e foi herdado pelo filho Fernando Tourinho de Omena Souza, também desembargador, que, igual ao pai, orgulha o Judiciário Natural da cidade de Major Izidoro, no Sertão alagoano, Fernando Tourinho era filho de educadores. A família se mudou para Maceió quando ele era ainda, para que pudesse estudar. O início de sua trajetória profissional foi marcado pela aprovação, em primeiro e segundo lugares, respectivamente, nos concursos para promotor de Justiça realizados em 1963 e 1965, onde exerceu as funções de adjunto de promotor de Justiça da comarca de Mata Grande, no Sertão de Alagoas; foi vereador do município de Jaramataia; procurador da Prefeitura de Maceió, do Fiplan, do Ipam e da Sumov; consultor jurídico da Caixa Beneficente da Polícia Militar de Alagoas (CBPM); advogado militante, sendo eleito, por três vezes, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Alagoas (OAB/AL), além de membro do Conselho Penitenciário do Estado e do Instituto dos Advogados de Alagoas. Por quatro vezes, Fernando Tourinho integrou listas sêxtuplas do Tribunal de Justiça de Alagoas, concorrendo com advogados de renome, para o cargo de juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), reservado à classe dos juristas e de nomeação do Presidente da República. Na Corte Eleitoral, teve assento em dois biênios (1970/1972 e 1973/1975). Em 1989, o então advogado Fernando Tourinho foi nomeado desembargador do TJ/AL, na vaga reservada pela Constituição Federal à Advocacia. Na Corte estadual, exerceu sucessivamente os cargos de vice-presidentes ( biênio 1993/1994 ) e de corregedor-geral da Justiça    ( biênio 1995/1996 ), sendo nessa ocasião eleito presidente do Colégio Nacional de Corregedores de Justiça. Na área acadêmica, constam aprovações sucessivas nos concursos para auxiliar na Cadeira de Direito Processual Penal (1971) e para assistente da Cadeira de Direito Penal (1972) e da Cadeira de Direito Processual Penal (1974). Tourinho também foi professor de Direito processual Penal da Faculdade de Direito de Maceió ( Fadima ) do Cento de Estudos Superiores de Maceió ( Cesmac ). Foi presidente do Tribunal de Justiça   ( biênio 2001/2002 ), tendo, em 2002. Foi Governador do Estado de Alagoas, assumido na ocasião interinamente conforme determina a Constituição Federal, em cinco oportunidades, na chefia do Poder Executivo por um período intercalado de 44 ( Quarenta e Quatro ) dias. Em 21 de junho 2005, assumiu a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL), onde permaneceu até o final de seu mandato             ( abril/2007) como membro daquela Corte. Ao falecer aos 76 anos, no dia 04 de março de 1914, o desembargador José Fernando Lima Souza     ( Fernando Tourinho ), foi sepultado na cidade de Maceió e encoberto o seu caixão com varias outras bandeiras, inclusive a Bandeira do seu ofício, que durante varias décadas dedicou-se de corpo e alma a Justiça Brasileira, mas a sí próprio, deveria ter esse desejo e seus familiares fizeram questão de seu caixão, fosse encoberto com a bandeira de sua terra Natal, um privilégio de poucas cidades, neste Brasil afora”.

domingo, 5 de março de 2017

BERTINI MOTA DE BARROS, MISS ALAGOAS 1955.




Ano 1955, a vencedora do Concurso Miss Alagoas realizado no Clube Gente Nossa, aos 18 anos, foi Sra. Bertini Mota de Barros, natural da cidade de Palmeiras dos Índios, e antes havia sido eleita rainha da primavera em Maceio. 


Ao perder a classificação para o título de Miss Brasil não impediu que Bertini fosse homenageada pela Marinha cearense, por exemplo – um navio trazendo uma faixa com seu nome atracou no porto, onde lhe ofereceram uma festa.  


A participação no concurso de miss Alagaos e Miss Brasil abriu as portas para que ela, com seus 90 cm de busto, 52 cm de cintura e 90 cm de quadril, partisse para as passarelas. Os tecidos dos vestidos de gala usados na noite do evento foram cedidos pela Casa Canadá, que convidou Bertini para ser manequim profissional por 8 cruzeiros por mês, “um dinheirão”. Paco Rabanne e Pierre Cardin também contrataram a encantadora alagoana.



Até hoje, Bertini desfila para três grifes cariocas.  Fez figurações em novelas como Felicidade e no humorístico Chico Anysio Show. (Flávia Tavares, jornal  O Estado de São Paulo, 22/04/2007). Além das belíssimas qualidades que ela carregava em sua postura de Mis, era uma pessoa tranquila, educada, dotada de  classe e  elegância. Nascida em 1937, hoje com 80 ( Oitenta ) anos Bertini Mota de Barros é lembrada por seus fãs com muito entusiasmo e retrospectiva da época. 


( A maior parte deste artigo foi produzido por Editor: Daslan Melo Lima ).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O POETA IZIDORENSE!


Médico e Ex- Senador da República Ezechias Jerônimo da Rocha nasceu no dia 8 de dezembro de 1898, na cidade Major Izidoro  — homenagem que os alagoanos prestaram ao velho patriarca fundador da cidade e pai do poeta).
Fez os preparatórios no «Colégio II de Janeiro» e o curso de Medicina na Bahia. Clinicou em Maceió durante trinta anos. Foi diretor da Saúde Pública, deputado estadual e catedrático de História Natural do Colégio Estadual.
Foi  Deputado Estadual e Diretor da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Publicou: «Musa Antiga» Maceió, 1947, coletânea de versos condoreu»; com que ganhou o «Prêmio Otton Bezerra de Melo», conferido pela Academia Alagoana de Letras, de que é sócio e ocupante da cadeira de Cassiano de Albuquerque; «A Vida dos Cristais», tese para a cadeira de Histôria Natural, do Liceu Alagoano.

MOMENTO

Tudo acaba, meu filho, nesta vida!
O poder, a fortuna, a sorte dura,
A mesma glória, ainda a mais subida
E o próprio pó da fria sepultura. 
Que seja sempre nobre e comedida
Tua ânsia de progresso e de ventura:
Raro palmilha a Terra Prometida
O tolo visionário que a procura. 
Tudo acaba, meu filho. Resta apenas,
O espírito a boiar nas trevas plenas,
Ou no abismo de luz da Divindade. 
Os teus problemas, pois, enquadra-os nisto;
Não te afastes jamais da lei de Cristo
E trabalha fitando a Eternidade!



CONSELHO PATERNO

Ao prêto velho, trôpego, alquebrado,
Aos pobres anciãos de mão tremente,
Atende-os tu, meu filho, paciente,
E nunca lhes recuses um bocado.

Além de te prostares cristãmente,
Presta um preito ao lidador cansado,
Um herói, bem possível, do passado,
Nas lutas pela glória do presente. 
Atende-os. São a própria experiência,
Que, justa e sábia, quase sempre iguala
Ao mesmo verbo, à luz da Providência.

Meu filho: Deus, que fala no Evangelho,
Muitas vezes ao mundo também fala
Pela boca de um pobre negro velho.



Extraídos de:
AVELAR, Romeu de.  Coletânea de poetas alagoanos.  Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959.  286 p.  ilus.  15,5x23 
cm.

Página publicada em novembro de 2015