domingo, 28 de julho de 2019

sábado, 25 de maio de 2019

I ENCONTRO DA FAMÍLIA ROCHA DE MAJOR IZIDORO - ALAGOAS DIA 08 DE JUNHO DE 2019, CLUBE DO BARRUADA!




ADESÃO COM BUFFET E BANDA R$40,00 e CAMISA 15. CONTATOS E ADESÃO COM SILVANA FONE:082-9902.7847 OU LINO ROCHA FONE:081-9.9955.8509.

domingo, 21 de abril de 2019

O ALAGOANO E LEGENDÁRIO FLORO GOMES NOVAES


O ALAGOANO E LEGENDÁRIO FLORO GOMES NOVAES





O lendário Floro Gomes Novaes nasceu no antigo povoado de Capim hoje cidade de Olivença, Estado de Alagoas,  É claro que seu nome ficou longe da fama do maior rei do cangaço moderno, mas os fatos que envolvem a sua sina de vingador e justiceiro também merecem um registro atento e responsável por aqueles que estudam o fenômeno do cangaço na região Nordeste. A saga do vingador justiceiro de Floro Novaes iniciou quando assassinaram o seu pai ULISSES GOMES NOVAES em 1951 no povoado de Capelinha Município de Major Izidoro -AL o marchante Ulisses Gomes Novaes, o Nordeste ganhou um dos mais célebres, discutidos homens análogos ao “cangaço”. O motivo do ingresso deste homem nesta vida violenta e perigosa, foi a perda do pai. Desencadeou o processo de vinganças e depois não teve mais jeito de parar as matanças. Floro fez uma lista dos culpados um a um eles foram mortos, até que chegou ao ultimo  nome da lista João José que estava em Capelinha Município de Major Izidoro no dia 05 de outubro de 1959, dia de domingo era dia de feira no povoado de Capelinha  e fazia anos do assassinato de seu pai. Floro encontrou João José conversando com o delegado local numa mercenária próxima com 19 anos magro  não se intimidou, se aproximou do matador de seu pai  e disse: : Prepare seu caixão, você nunca mais mata pai de um homem e em seguida executou o assassinou de seu pai. Floro foi cangaceiro moderno, motorizado, tinha domicílio certo na Fazenda Mamoeiro, criava pequeno rebanho de caprinos, algumas cabeças de gado e um dos maiores produtores de feijão do município de Águas Belas-PE. 


Na semana pré-carnavalesca, Floro acertou com Mané Miúdo em Águas Belas, uma caçada de veado no Riacho do Mel, para quarta-feira de cinzas. No dia 25 de fevereiro dia de quarta-feira o carnaval de 1971 pintava como um dos mais animados no sertão. Chovia bastante na região e o invernos de fatura, em razão de um ano anterior ter sido a uma das mais castigadas secas do nordeste nos últimos anos. Mané Miúdo avisou que iria participar juntos os irmãos Wilson e Américo, filhos de João Lins. Gente de confiança. Na manhã do dia combinado, Floro mandou selar a burra, enquanto limpava a espingarda calibre 12. Revisou os cartuchos, colocando 14 no aió (bolsa que o sertanejo usa para caçar) e dois nos canos. Calçou botinas, dirigiu-se para o curral e reclamou da demora do ajudante. Viraram à direita ao atingirem a estrada Boqueirão-Águas Belas. Logo adiante dobraram novamente no mesmo sentido, pegaram a que segue para o Riacho do Mel. No meio da caçada passar em frente do piquete, o primeiro tiro. Jurandir endereçou-o ao ouvido esquerdo de Floro. Passou de raspão na testa, perfurando a aba do chapéu no estampido, Floro gritou: - Solta a espingarda e corre, senão tu morre, fi da peste! Wilson o fez. Disparou na montaria. A burra empinou. A parada propiciou Alfredo acionar o mosquetão. O balaço entrou à altura da costela mindinha. Saiu abaixo do peito direito, queimando o músculo do braço. Floro caiu de tórax perfurado. Arrastou-se rapidamente apanhando a espingarda. Mirou as moitas e fez fogo. O esconderijo foi podado pelos caroços de chumbo da possante. No interior só os gravetos. A dupla correu caatinga à dentro pelo mesmo lado esquerdo, após o segundo disparo. Atravessou a estrada na frente, pegando o lado direito. A dor retira reflexos. Disparos quase simultâneos. 

O tiro de mosquetão atingiu o encontro da perna direita, partindo-a. O de espingarda, peito esquerdo. Cravou cinco rolimãs abaixo da clavícula, junto ao coração. Floro deu um pulo. Urrou igual fera atingida de surpresa. No cair, acionou o gatilho a copa da umburana. O exame cadavérico efetuado por médico em Águas Belas, diagnosticou a causa-mortis: hemorragia interna provocada por vários ferimentos transfixantes perto do coração. Presumindo-se que tenha expirado na tarde da quarta-feira. Chuva e frio aliados, conservaram o cadáver naquela noite. Às vinte horas da quinta-feira não exalava nenhum mau cheiro, contou João Paes. O cortejo fúnebre saiu da Fazenda Mamoeiro para Águas Belas na sexta-feira pela manhã. Feita a autópsia, seguiu para Jacaré dos Homens. O sepultamento se deu à tarde. Na quaresma os jornalistas continuaram. Exploraram o assunto até o julgamento, desaforado para Recife - Pernambuco. Nos jornais não faltou matéria. Floro decidiu seguir a vida de justiceiro em 1951 quando seu pai foi assassinado em uma emboscada na cidade de Santana do Ipanema(AL). Na brutalidade dos assassinos, o cérebro de Ulisses Novaes foi esmagado com a coronha de um rifle. Floro jurou vingança e viveu o resto de sua vida com esse propósito, às vezes na companhia de alguns comparsas, como Valderedo Ferreira, na maior parte do tempo sozinho, na aridez da caatinga dos sertões de Alagoas e Pernambuco. Foram 19 anos com suas armas cuspindo fogo e colecionando os corpos dos inimigos até ser morto também numa tocaia, em 1971. ( Texto escrito por  Valdir Oliveira e no livro Guerrreiros do Sol, de Frederico Pernambucano de Melo, São Paulo: A Girafa Editora, 2004 ).