domingo, 7 de julho de 2013

CAPELA CENTENÁRIA CONSTRUÍDA POR ALFERES JOÃO DA ROCHA PIRES PATRIARCA DAS FAMÍLIAS ROCHA, PIRES E SOUZA, ENCONTRA-SE TOTALMENTE ABANDONADA.



Capela Centenária de Nossa Senhora das Brotas que foi construída no ano de 1771, pelo Alferes João da Rocha Pires, no Sítio Santa Cruz que se localiza entre os Municípios alagoanos de  de Cacimbinhas e Estrela de Alagoas. O Sítio Santa Cruz pertenceu ao município de Palmeira dos Índios, nos anos de 1835 a 1958 e por depois ao município de Cacimbinhas, de 1958 até o ano de 1992 quando passou a pertencendo ao município de Estrela de Alagoas. O primeiro patriarca e fundador da família Rocha, conforme informações escritas, deixadas por seus descendentes que viveram nos anos de 1810 – 1890, o Alferes João da Rocha Pires nasceu de pais portugueses na Vila de Porto da Folha (Sergipe), no ano de 1692, onde se casou com Tomásia de Souza e morou com seus familiares até 1750, ano em que comprou uma sesmaria de vinte léguas quadradas de terra ao Sr. João Pereira da Cruz Vilela, que morava em Bom Conselho na Capitania de Pernambuco. A sesmaria do Alferes João da Rocha Pires com o Sitio Santa Cruz estava contida na Jurisdição de Penedo. No ano de 1771, quando o Alferes já estava com 79 anos, mandou construir uma capela em honra de Nossa Senhora, ao mesmo tempo fez a doação de meia légua quadrada de terras como patrimônio da capela e de sua padroeira: Nossa Senhora das Brotas, fez também a doação de doze novilhas e um touro, a fim de garantir condições dos seus descendentes de bem zelar a Capela e seu patrimônio.



Quando o Alferes João da Rocha Pires faleceu em 1776, foi sepultado dentro da capela, os seus descendentes ao falecerem eram também sepultados ao seu lado, quando terminou os espaços do lado de dentro, começaram a sepultar os que iam morrendo do lado de fora a fim de que a família fosse sempre reverenciada e unida. Os zeladores do patrimônio deixado por Alferes João da Rocha Pires, após a partilha de toda sesmaria, mantiveram sempre o zelo da capela e dos túmulos dos seus antepassados até alguns anos atrás.


Sucede que atualmente a capela de nossa senhora das Brotas encontra-se, praticamente abandonada com cupins no telhado e há anos não houve qualquer sinais de restauração. Faço um apela às autoridades e de especial ao Deputado Estadual por Alagoas  Ricardo Nezinho para que reúna esforços e consiga a restauração da Capela de Nossa senhora das brotas com o seu tombamento como patrimônio estadual, pois do jeito que se encontra em poucos anos só restará escombros. Digo firmemente se eu residisse próximo aquela localidade, levantaria todos os esforços do mundo junto aos familiares Amorim, Rocha, Pires, Souza, Melo, Cartaxo para que a dita capela fosse tombada. A Capela de Nossa \senhora das brotas serviu como cenário para as filmagens do filme Vidas Secas, baseado na obra do escritor alagoano.



BAIXE E LEIA O LIVRO COM A ARVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA ROCHA, PIRES E SOUZA NESTE, LIVRO NA PAGINA N.º. 79 ENCONTRA-SE A ARVORE GENEALÓGICA DE ANTONINO JERÔNYMO DA ROCHA E A NA PAGINA Nº.82  A DE  MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA SEUS FILHOS E NETOS.


BAIXE O LIVRO NOSSA TERRA E NOSSA HISTÓRIA

PARTE: I



PARTE: II
http://www.sendspace.com/file/i47e92

BAIXE O LIVRO SOBRE A HISTÓRIA DE MAJOR IZIDORO




sábado, 22 de junho de 2013

VEJA O DIA DA NOMEAÇÃO DO MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA PARA A GUARDA NACIONAL.

PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU) DE 26/07/1893 - PG. 2. SEÇÃO 1.


RELAÇÃO DOS NOMEADOS PARA A GUARDA NACIONAL DA COMARCA DO PÃO DE ASSUCAR NO ESTADO DE ALAGOAS


O Vice-Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil resolve nomear para a Guarda Nacional da Comarca de Pão de Assucar, no Estado das Alagoas, os constantes da relação, junta, assinada pelo ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores.


Capital Federal, 02 de julho de 1893.

FLORIANO PEIXOTO
FERNANDO LOBO



NOMEADO: MAJOR-FISCAL, O TENENTE, IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA


terça-feira, 11 de junho de 2013

domingo, 2 de junho de 2013

CEM ANOS DA CRIAÇÃO DA PARÓQUIA DE SANTO ANTONIO EM MAJOR IZIDORO.


A nossa paroquia de santo Antônio de Pádua  de Major Izidoro completa este ano 100 anos, é um privilegio de poucos, vez que este  representa também a grande prosperidade da Igreja católica no Município. Pelo 2º ano consecutivo o Pe. José Neto abriu a trezena com uma cavalgada/caminhada com os vaqueiros, carroceiros e muitos fiéis, pelas principais ruas da cidade, saindo esse ano do Parque Juquinha Machado e concluindo com a Santa Missa e a coroação da Imagem de Nossa Senhora na praça a frente da Igreja Matriz. No início da caminhada o pároco destacou a importância da Festa desse ano, pelo fato da Paróquia está completando 100 anos e também sobre o tema a ser refletido esse ano, “Fé, sinônimo de compromisso com Jesus Cristo e com a Igreja”. Na homilia, o Padre exortou os fiéis presentes a repensarem suas vidas a partir do dom do amor, extensão do amor de Deus, para que, assim como Maria, independente de qualquer prerrogativa, se coloque a serviço uns dos outros, manifeste as maravilhas que Deus fez e faz por cada um.

DA TRADIÇÃO: Relatos dos mais antigos e dos filhos do patriarca Major Izidoro dizia que no dia da criação da paroquia em quando da chegada do Bispo este foi recebido por quarenta cavaleiros ou vaqueiros e escoltado  desde a fazenda Jacinto Machado até a porta da Matriz santo Antônio. Na saída e na chegada do Bispo foram dados uma salva de 40 fogos. Acho que após cem anos seria muito importante que essa tradição se repetisse em sinal de prosperidade de nossa paroquia.

FAÇA A SUA DOAÇÃO EM DINHEIRO PARA A NOSSA PARÓQUIA

BANCO DO BRASIL

CONTA N.7.914-6,   AGÊNCIA N. 2259-4

EM NOME DE: PARÓQUIA DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA

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sábado, 18 de maio de 2013

HISTÓRIAS DO JORNALISTA E ADVOGADO MELCHIADES DA ROCHA.

JORNALITA MELCHIADES SOUTO DA ROCHA O DA DIEITA 


Vamos finalmente à revelação sobre a origem do apelido, em que o mérito da descoberta fica todo para o acaso, ao historiador se reservando somente o exame rigoroso da informação oral recebida, segundo a praxe da disciplina. Conversando em 1983 com o jornalista Ivanildo Souto Cunha, muito relacionado no Recife da época e homem sempre disposto a ajudar os amigos, ouvimos dele que era sobrinho do também jornalista e escritor  Melchiades da Rocha, natural de Sertãozinho, hoje Major Izidoro, no Estado de Alagoas. E que este, bem acima dos oitenta anos de idade, morava no Rio de Janeiro,  pouco saindo do apartamento que tinha no Flamengo, por ter a esposa perdido a vista. Ao longo dos anos 30, Melchiades tinha sido um dos bons repórteres investigativos do jornal A Noite e da excelente revista semanal conexa a este, A Noite Ilustrada, do Rio de Janeiro, veículos de uma empresa de prestígio em todo o continente, que se manteve pujante até ser encampada pela ditadura de Getúlio Vargas, o chamado Estado Novo, em 1940, sob a alegação cavilosa de que o governo precisava de um jornal na situação de guerra que se abria na Europa. Cortando a história para o que nos interessa, esclarecemos que Melchiades foi o primeiro repórter da grande imprensa brasileira a chegar à grota do Angico naquele final de julho de 1938, poucos dias passados apenas da morte de Lampião. Cadáveres ainda insepultos no leito de pedras do riacho do Ouro Fino, enegrecidos por um tapete de urubus ocupadíssimos. A viagem aérea, feita no trimotor Tupã, do Condor Syndicat alemão, se cumprira em dezesseis horas, computadas as escalas entre o Rio de Janeiro e Maceió. Com o que juntou na aventura de 1938, e mais o fundo de recordações sertanejas que tinha tido o cuidado de manter vivas desde quando deixara a terra natal em anos verdes, Melchiades publicou um livro muito interessante dois anos depois, a que deu o título de Bandoleiros das caatingas, no gênero que Danton Jobim viria a batizar de “reportagem retrospectiva”.Vamos finalmente à revelação sobre a origem do apelido, em que o mérito da descoberta fica todo para o acaso, ao historiador se reservando somente o exame rigoroso da informação oral recebida, segundo a praxe da disciplina. Conversando em 1983 com o jornalista Ivanildo Souto Cunha, muito relacionado no Recife da época e homem sempre disposto a ajudar os amigos, ouvimos dele que era sobrinho do também jornalista e escritor  Melchiades da Rocha, natural de Sertãozinho, hoje Major Isidoro, no Estado de Alagoas. E que este, bem acima dos oitenta anos de idade, morava no Rio de Janeiro,  pouco saindo do apartamento que tinha no Flamengo, por ter a esposa perdido a vista. Ao longo dos anos 30, Melchiades tinha sido um dos bons repórteres investigativos do jornal A Noite e da excelente revista semanal conexa a este, A Noite Ilustrada, do Rio de Janeiro, veículos de uma empresa de prestígio em todo o continente, que se manteve pujante até ser encampada pela ditadura de Getúlio Vargas, o chamado Estado Novo, em 1940, sob a alegação cavilosa de que o governo precisava de um jornal na situação de guerra que se abria na Europa. Cortando a história para o que nos interessa, esclarecemos que Melchiades foi o primeiro repórter da grande imprensa brasileira a chegar à grota do Angico naquele final de julho de 1938, poucos dias passados apenas da morte de Lampião. Cadáveres ainda insepultos no leito de pedras do riacho do Ouro Fino, enegrecidos por um tapete de urubus ocupadíssimos. A viagem aérea, feita no trimotor Tupã, do Condor Syndicat alemão, se cumprira em dezesseis horas, computadas as escalas entre o Rio de Janeiro e Maceió. Com o que juntou na aventura de 1938, e mais o fundo de recordações sertanejas que tinha tido o cuidado de manter vivas desde quando deixara a terra natal em anos verdes, Melchiades publicou um livro muito interessante dois anos depois, a que deu o título de Bandoleiros das caatingas, no gênero que Danton Jobim viria a batizar de “reportagem retrospectiva”. Era esse homem baixinho, animado como um esquilo, que tínhamos diante de nós naquele começo de manhã da primavera carioca de 1983. Uma fonte de primeira ordem, a se confirmar pela meticulosidade do conhecimento especializado que despejou sem parar na primeira hora de conversa. De monólogo, para ser preciso, em que aprendemos muito. Num dado momento, levanta-se depressa, vai ao quarto e volta com uma fotografia do que poderíamos chamar de salão da grota do Angico, onde ficava a barraca do chefe e de sua mulher, debaixo de uma craibeira que não existe mais. No meio da cena, caída de barriga no chão e já sem a cabeça, cortada antes mesmo de se extinguir inteiramente o combate, aparecia o cadáver de Maria Bonita, metido em vestido bem curto, “Está vendo, Frederico, mandei fazer essa chapa para mostrar o quanto ela era bem-feita, mesmo tendo seios pequenos e nádega um pouco batida”, agitou-se o velho jornalista, devolvido à emoção de quase sessenta anos passados. Foi quando respirou fundo e lançou a pergunta: “Você sabe como apareceu esse apelido Maria Bonita?”. E emendou, diante do nosso queixo caído: “Não apareceu no sertão, não. Foi coisa de repórteres daqui do Rio de Janeiro, mesmo. Eu  estava entre eles”. Um romance de sucesso, do começo do século, requentado em filme de longa-metragem lançado poucos meses antes do desmantelamento do bando de Lampião, eis a origem de tudo, corria a explicar. Começava a ser revelado o mistério de tantos anos. Esclarecido principalmente o fenômeno de comunicação que impusera o apelido aos meios jornalísticos de modo completo e em apenas poucos dias. Um conluio tácito entre jornalistas jovens, sem propósito definido, salvo o de simplificar a informação nas redações, a vincular algumas das cabeças mais ativas da imprensa brasileira do período, nucleada no Rio de Janeiro. De volta ao Recife, cuidamos de examinar as pistas deixadas por Melchiades. ( FOTO MARIA BONITA ).
Era esse homem baixinho, animado como um esquilo, que tínhamos diante de nós naquele começo de manhã da primavera carioca de 1983. Uma fonte de primeira ordem, a se confirmar pela meticulosidade do conhecimento especializado que despejou sem parar na primeira hora de conversa. De monólogo, para ser preciso, em que aprendemos muito. Num dado momento, levanta-se depressa, vai ao quarto e volta com uma fotografia do que poderíamos chamar de salão da grota do Angico, onde ficava a barraca do chefe e de sua mulher, debaixo de uma craibeira que não existe mais. No meio da cena, caída de barriga no chão e já sem a cabeça, cortada antes mesmo de se extinguir inteiramente o combate, aparecia o cadáver de Maria Bonita, metido em vestido bem curto, “Está vendo, Frederico, mandei fazer essa chapa para mostrar o quanto ela era bem-feita, mesmo tendo seios pequenos e nádega um pouco batida”, agitou-se o velho jornalista, devolvido à emoção de quase sessenta anos passados. Foi quando respirou fundo e lançou a pergunta: “Você sabe como apareceu esse apelido Maria Bonita?”. E emendou, diante do nosso queixo caído: “Não apareceu no sertão, não. Foi coisa de repórteres daqui do Rio de Janeiro, mesmo. Eu  estava entre eles”.
Um romance de sucesso, do começo do século, requentado em filme de longa-metragem lançado poucos meses antes do desmantelamento do bando de Lampião, eis a origem de tudo, corria a explicar. Começava a ser revelado o mistério de tantos anos. Esclarecido principalmente o fenômeno de comunicação que impusera o apelido aos meios jornalísticos de modo completo e em apenas poucos dias. Um conluio tácito entre jornalistas jovens, sem propósito definido, salvo o de simplificar a informação nas redações, a vincular algumas das cabeças mais ativas da imprensa brasileira do período, nucleada no Rio de Janeiro. De volta ao Recife, cuidamos de examinar as pistas deixadas por Melchiades Souto da Rocha filho do patriarca Major Izidoro.


domingo, 28 de abril de 2013

CEM ANOS DA CRIAÇÃO DA PARÓQUIA E SUA FREGUESIA DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA EM MAJOR IZIDORO.



Católicos por excelência, os Rochas, cuja primeira realiza­ção importante, no povoado de Sertãozinho, foi a construção de sua atual igreja, à qual dedicaram, como não podia deixar de ser, ao Padroeiro da terra, Santo Antônio de Pádua. A igreja de Sertãozinho, como dissemos, foi obra exclusiva deles, edificada não só pelo desejo de terem o seu próprio templo, onde pudes­sem realizar sempre suas festas religiosas costumeiras, mas, prin­cipalmente, para satisfazer, em sua plenitude, o desejo incontido do velho patriarca desbravador, Antônio Jerônimo da Rocha, de vez que, como já disse, tratava-se de um sonho alimentado por ele desde que fundara a fazenda Sertãozinho. E a verdade é que foi ele, realmente, não apenas o idealizador da referida obra, mas o seu autêntico arquiteto espiritual. Vale recordar, nestas despretensiosas páginas, que a fregue­sia de Santo Antônio de Pádua foi criada, sim, pelo Bispo D. Manoel Lopes, mas isto devido aos insistentes pedidos que foram feitos pessoalmente pelo Major Izidoro Jerônymo da Rocha àquela autoridade ecle­siástica deveras virtuosa e respeitável. Não foi muito fácil a con­cretização da medida, há muito tempo desejada e pleiteada, cer­to que não havia, em Sertãozinho, todas as condições exigidas para tanto. Realmente não havia, como alegara certa feita S. Excia. Revma., mas o Major Izidoro, homem dotado de uma forca de vontade excepcional, fora do comum mesmo, não entregou os pontos. Pelo contrário, exigiu a sua aquiescência, provando-lhe, por A mais B, que sua terra estava em pleno desenvolvimento e teria, como teve, dentro de pouco tempo, todas as condições necessárias para tornar-se uma razoável freguesia da Diocese de Alagoas. E, para mostrar que estava com a razão, consultou seus manos e alguns amigos e resolveu, por fim, construir junto à igreja uma casa paroquial destinada à residência dos vigários da futura freguesia. Além disso, a igreja de Santo Antônio já conta­va com um bom patrimônio, como fosse um vasto lote de ter­reno, doado pelo velho desbravador Antônio Jerônimo da Rocha, várias cabeças de gado vacum, etc. etc. A verdade é que, após uma das habituais visitas episcopais a Sertãozinho, a freguesia de Santo Antônio de Pádua foi criada no dia 8 de junho de 1913 e inaugurada no dia 13 do mesmo mês e ano, sob os rojões dos foguetes e das baterias de artifício, ao som do zabumba, magnífico conjunto musical dos pretos Am-brósios, artistas esses que, embora fossem apenas músicos de ouvido, eram com seus pífaros, caixas, pratos e bombos, de cau­sar surpresa e admiração aos profissionais das cidades. A inauguração da freguesia de Santo Antônio de Pádua em Sertãozinho, foi, realmente, um acontecimento excepcional, fora do comum, de vez que à então sede do 3? Distrito do Município de Santana do Ipanema afluiu grande número de visitantes, não só de vários municípios alagoanos como de municípios de Per­nambuco e Sergipe. Foi seu primeiro vigário o Padre João Baptista Wanderley, digno sacerdote, filho de conceituada família do Poço das Trin­cheiras, outro saudável e próspero distrito, então, do referido município sertanejo.        ( Artigo extraído do Livro Major Izidoro – Sua Vida e Sua Obra escrito por Melchíades da Rocha ).

domingo, 17 de março de 2013

HISTORIA DA CIDADE DE MAJOR IZIDORO E SUA FAMÍLIA FUNDADORA.

FOTO NO DESTAQUE DO MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA SENTADO E FAMÍLIA 

Além de boas terras para pastagens rico em alimento para o gado, Major Izidoro destaca-se pela criação de gado leiteiro, principalmente das raças nelore, holandês e guzerá, que lhe rendem por vários anos título de campeão produtor de leite do Estado e do Nordeste. Antigo distrito de Sertãozinho como era chamado, o município recebeu seu atual nome em homenagem ao Major Izidoro Jerônimo da Rocha, nascido em 02 de setembro de 1852, falecido em 16 de dezembro de 1936, foi o  fundador do povoado denominado a época de sertãozinho. A colonização, no entanto, começou com a chegada a sertãozinho pelo patriarca maior o Antônio Jerônimo da Rocha de em 07 de setembro de 1854, vindo da região chamada “volta de Dois Riachos” hoje Município de Dois Riachos, quando comprou uma propriedade na região e se instalou com sua família. Dos filhos, apenas Izidoro manteve os negócios do pai, que era conhecido como o patriarca de Sertãozinho. Como distrito de Sertãozinho, a cidade de Major Izidoro aparece citada, em 1871, na obra de Tomás Espíndola, “Geografia Alagoana”. Diz ele tratar-se de um pequeno povoado situado a “uma légua do Riacho do Sertão” e muito apropriado à criação do gado. Sob o ponto de vista judicial, Major Izidoro, mesmo após sua emancipação política, permaneceu como termo da comarca de Santana do Ipanema. Somente em 11 de novembro de 1952 foi elevado à condição de comarca independente.

WALFRIDO JERÔNYMO DA ROCHA

No clássico " Terra das Alagoas", de autoria de adalberto Marroquim, do ano de 1922, há referencias ao distrito de sertãozinho. Ele apresenta o lugar como uma das povoações pertencentes a Santana do Ipanema e " sede do 3º Distrito Judiciário". Afirma ainda que lá existia, naquele tempo, uma escola pública mantida pelo Estado. Izidoro lutou insistentemente pela emancipação política da cidade. Em 1920, conseguiu que o Poder Legislativo, através da ( Lei Estadual n.º. 946/1920 ), que autorizou o Governo Estadual a elevar a vila de Sertãozinho a categoria de Município com o nome de Major Izidoro, mesmo assim o Governador não aceitou e manteve a área como distrito. Só em 17 de setembro de 1949, a então vila de sertãozinho foi elevada a Município de Major Izidoro através da      ( Lei Estadual n.º.1.473, de 17 de setembro de 1949 ). Sua instalação oficial se deu em 25 de novembro do mesmo ano, com a emancipação política, desmembrando Major Izidoro dos municípios de Santana do Ipanema. Nessa época, Izidoro já já tinha falecido em 16 de dezembro de 1936, mas os moradores decidiram fazer-lhe a homenagem, dando seu nome à cidade. Além de boas terras para pastagens, o Município de Major Izidoro destaca-se pela criação de gado leiteiro, principalmente das raças, mestiços, turino, holandês e guzerate, que lhe rendem o título de primeiro produtor de leite do Estado de Alagoas nos anos 80 e 90.

FOTO DO MAJOR IZIDORO NA ESQUERDA

Por ser um dos mais conhecidos da bacia leiteira de Alagoas, o Município de Major Izidoro não poderia deixar de ter um povo festeiro e hospitaleiro. É nas tradicionais festividades do município que esse lado da cidade se mostra claramente, apresentando-se como a cultura popular os reisados e as bandas de pífano. As mais movimentadas e que recebem o maior número de visitantes são as Festas do Leite e as festas juninas, nas quais merece destaque a do padroeiro do município, Santo Antônio de Pádua, salvação das moças casamenteiras da região e adoradas pela família Rocha. Dados do Município Situação Geográfica: Microrregião do sertão, limitando-se os municípios de Cacimbinhas, Dois Riachos, Olivença, Olho D´Água das Flores, Jacaré dos Homens, Batalha, Jaramataia e Craibas. Encontra-se o município a 200 metros acima do nível do mar. Área: 324 km2 Clima: Quente e seco. Máxima de 38° C e mínima de 18° C. População: 20.000 habitantes. Eleitorado: 11.475 eleitores. Economia: Agropecuária. Educação: 5,710 vagas (redes estadual e municipal). Saúde: 10 postos de atendimento e 1 Hospital (41 leitos). ( Livro da História de Major Izidoro - https://drive.google.com/file/d/1oSBgfQ_F8yvuTCxRmFDuTLE7RunuwPNA/view?usp=sharing ).