domingo, 20 de novembro de 2016

DOM SÉRGIO DA ROCHA ARCEBISPO DE BRASÍLIA É NOMEADO CARDEAL PELO PAPA FRANCISCO E ATUARÁ NO MAIS ALTO ESCALÃO DO VATICANO.



Arcebispo metropolitano de Brasília, dom Sérgio da Rocha, de 56 anos, foi nomeado cardeal pelo papa Francisco em 19 de novembro deste ano, o atual arcebispo da diocese de Brasília, Dom Sérgio da Rocha Filho de Rubens da Rocha e Aparecida Veronesi, nasceu na localidade de Fazenda Santo Antônio do município de Dobrada, na época distrito de Matão. Recebeu a ordenação diaconal na Igreja de Santa Cruz de Matão, no dia 18 de agosto de 1984 e sacerdote na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, aos 14 de dezembro de 1984.  Foi bispo auxiliar de Fortaleza e arcebispo de Teresina. É presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O papa anunciou que nomeará, ao todo, 17 novos cardeais, incluindo 13 com menos de 80 anos e portanto possíveis candidatos para entrar em um futuro conclave que escolherá seu sucessor. O papa fará a missa de conclusão do Jubileu Mariano do Ano Santo da Misericórdia (dezembro de 2015 a novembro de 2016) junto a estes novos cardeais. Dom Sérgio da Rocha foi nomeado arcebispo de Brasília em 15 de junho de 2011 pelo papa Bento XVI e desde abril de 2015 preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O brasileiro estudou filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos, teologia no Instituto Teológico de Campinas, concluiu mestrado em teologia moral na Faculdade Teológica "Nossa Senhora da Assunção", em São Paulo, e doutorado na mesma disciplina junto à Academia Alfonsiana de Roma. 


Foi ordenado sacerdote no dia 14 de dezembro de 1984 em Matão (SP), exercendo como pároco em Água Vermelha, coordenador da pastoral da Juventude de São Carlos, professor do Seminário Diocesano e diretor espiritual da Casa de Teologia de Campinas. Também foi reitor do Seminário de Filosofia de São Carlos, coordenador da pastoral vocacional, vigário paroquial da catedral da cidade e vigário paroquial em "Nossa Senhora de Fátima", entre outros cargos. No dia 13 de junho de 2001, foi eleito bispo titular de Alba e auxiliar de Fortaleza. Em 11 de agosto, recebeu a consagração episcopal. Em 31 de janeiro de 2007 foi nomeado bispo coadjutor de Teresina (PI) e se tornou arcebispo em 3 de setembro de 2008.


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

MINISTRA CARMEN LUCIA ANTUNES ROCHA, TOMA POSSE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.



Cármen Lúcia Antunes Rocha tem 62 anos, foi indicada para o Supremo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse em 2006. A ministra nasceu em Montes Claros (MG) e formou-se em direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), em 1977. Ela será a segunda mulher a assumir o cargo. A primeira foi a ex-ministra Ellen Gracie. Uma gestão voltada aos interesses dos cidadãos e dos jurisdicionados, transparente e comprometida a transformar o Judiciário brasileiro. Esses foram os compromissos assumidos pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha nesta segunda-feira (12/9), em seu discurso de posse no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eleita em agosto de 2016, a ministra Cármen Lúcia é a segunda mulher a ocupar o cargo e presidirá o STF e o CNJ no biênio 2016 a 2018. Em uma sessão solene repleta de autoridades dos Três Poderes, a ministra quebrou o protocolo e iniciou seu discurso cumprimentando o cidadão brasileiro, “a mais alta autoridade presente”. Em seguida, cumprimentou o jurisdicionado, o cidadão que procura o Judiciário atrás de seus direitos. “Com ele me comprometo, como acho que é compromisso de todos os membros desse tribunal, firme e fielmente, a trabalhar até o limite de nossas forças e de nossa capacidade para que a jurisdição seja devidamente prestada e prestada para todos”, disse a ministra, em seu discurso de posse.

domingo, 24 de julho de 2016

sábado, 23 de julho de 2016

DOUTORA JUDITH DA ROCHA TELLES, FILHA DO PATRIARCA MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA

NOTA DE MISSA DE SÉTIMO DIA DO FALECIMENTO EM 05/03/1955 À ÉPOCA DA MÉDICA JUDITH DA ROCHA TELLES, PUBLICADA NO JORNAL DO RIO DE JANEIRO, CORREIO DA MANHÃ, NA CATEDRAL DA CANDERALA EM 11/03/1955
JUDITH FOI MÉDICA E CASADA COM O CORONEL DO EXÉRCITO, EX-INTERVENTOR DO ANTIGO TERRITÓRIO DO AMAPÁ E PROCURADOR DA REPÚBLICA, BEM COMO ERA FILHA DO PATRIARCA MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA E DE UMBELINA SOUTO DA ROCHA, FORMOU-SE NA CIDADE DO RECIFE PELA UFPE NO ANO DE 1940. 

Dr MELCHIADES DA ROCHA, FOI ADVOGADO E JORNALISTA DA IMPRENSA NACIONAL E DO JORNAL A NOITE DO RIO DE JANEIRO E FILHO DO PATRIARCA DE MAJOR IZIDORO;

WALFRIDO JERÔNYMO DA ROCHA, FOI CHEFE POLÍTICO, FAZENDEIRO, SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL E FILHO DO PATRIARCA MAJOR IZIDORO;

ANTONIO SOUTO DA ROCHA, FOI JORNALISTA DO JORNAL A NOITE DO RIO DE JANEIRO E SERVIDOR PÚBLICO DA ANTIGA RFFESA E FILHO DO PATRIARCA MAJOR IZIDORO;

MARIA JOSÉ DA ROCHA BARROS, PROFESSORA E FILHA DO PATRIARCA MAJOR IZIDORO;

 ANTONIO TELLES NETTO, DESEMBARGADOR TIO DE JOÃO TELES;

ANTONIO CARLOS DE SEIXAS TELLES, MINISTRO DO SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR E FILHO DO DESEMBARGADOR ANTONIO TELLES NETTO;






domingo, 5 de junho de 2016

O DESASTRE AEREO QUE VITIMOU O CORONEL LUDUGERO.




A história do maior acidente aéreo de Belém, que matou de uma só vez quase 40 pessoas, e acabou com um mergulho do avião, nas águas do Rio Pará, genericamente chamado de Baia do Guajará. Uma tragédia que marcou o fim da maior empresa aérea do estado. A Paraense Transportes Aéreos, se por um lado tinha tarifas baixas o que permitia que todos voassem, por outro tinha problemas. A empresa ficou conhecida pela pouca segurança. Entre 1957 e 1958 foram adquiridos 8 C-46, mas até o final de 1965, houve 8 acidentes. Belém Antiga resgata este desconhecido capítulo da memória coletiva. O Vôo 903 da Paraense decolou na noite de 13 de março do Aeroporto Internacional do Recife. Tinha escalas em Fortaleza, Parnaíba e São Luiz. Chovia as cinco da manhã do dia 14, quando o avião fazia a aproximação a Belém. A visibilidade era baixa. Durante a manobra de aproximação para efetuar o pouso na pista 06 do Aeroporto Internacional de Belém (Val de Cans), o piloto não conseguiu visualizar a pista. Às 5h30 hs, voando abaixo do teto de segurança por conta da baixa visibilidade e da perda de noção de profundidade, acabou tocando a asa direita nas águas da Baía do Guajará, perdendo o controle e mergulhando na baía pouco tempo depois, cerca de algumas centenas de metros da cabeceira da pista 06. 



O acidente matou quase todos os ocupantes, sendo que alguns corpos seriam retirados apenas no dia 30 de março. Entre os mortos estavam os humoristas Luiz Jacinto Silva (conhecido pelo personagem Coronel Ludugero), Irandir Costa e toda a equipe de produção que havia embarcado em São Luiz do Maranhão para desembarcar em Belém onde fariam uma apresentação. Apenas 3 pessoas sobreviveram à queda, sendo que 1 morreria algum tempo depois no hospital. O Coronel, retratava com bom humor a figura lendária dos coronéis, muitos dos quais pertenciam à Guarda Nacional e gozavam de grande prestígio junto a população. Contador de histórias fantásticas, era casado com dona Filomena. Bom aboiador, bom cantador de viola e poeta. Mantinha um secretário ( Otrope ) que o orientava nos negócios e nas questões políticas. Ludugero se sentia feliz em contar histórias, dando expansão ao seu gênio brincalhão, quando não estava em crises de impaciência e nervosismo. Após este acidente, a empresa ficou com apenas um Hirondelle, enquanto que outros três estavam em terra por falta de peças e uma aeronave se encontrava em revisão nos Estados Unidos. Por conta da falta de meios para cumprir sua concessão, além da precariedade de suas operações, a empresa teve sua licença de voo caçada pelo Ministério da Aeronáutica, encerrando suas atividades logo em seguida.

domingo, 29 de maio de 2016

DESEMBARGADOR BANDEIRA RIOS SE DESPEDE DO PODER JUDICIÁRIO DE ALAGOAS




Desembargador Edivaldo Bandeira Rios despediu-se do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), nesta terça-feira (07), após sua última sessão no Pleno do Judiciário alagoano, devido a sua aposentadoria compulsória, ao completar 70 anos de idade, após 36 anos de magistratura. A homenagem aconteceu durante a sessão administrativa.      Em sua homenagem, os colegas desembargadores enalteceram a carreira de Bandeira Rios, apontando, em suas conquistas, dedicação, serenidade, humildade e paixão pela magistratura. “Que nesse navegar, por esse mar novo, deslumbre novos caminhos com sua família e que tenha um bom descanso”, destacou o presidente do TJ, desembargador José Carlos Malta Marques. Edivaldo Bandeira Rios nasceu em 14 de maio de 1943, no município de Arapiraca. 




Ingressou na magistratura em novembro de 1976, sendo nomeado juiz substituto da Comarca de Piranhas. Dois anos depois, foi removido para a Comarca de Major Izidoro, logo após para as Comarcas de Anadia, Porto de Pedras e como titular da 1ª Vara da Comarca de São Miguel dos Campos. Em dezembro de 1992, pelo critério de merecimento, foi promovido à 3ª entrância, com atribuições de auxiliar. Na Capital, atuou no 1º Juizado Especial de Pequenas Causas (janeiro de 1993). Em 2011, chegou ao desembargo, por critério de antiguidade, no Tribunal de Justiça de Alagoas.Na foto com o abraço do Desembargador Tourinho Filho.

terça-feira, 10 de maio de 2016

VIDA E OBRA DO CORONEL LUDUGERO.




  
Luiz Jacinto Silva popularmente conhecido como o Coronel Ludugero nascido em 1929, na cidade de Caruaru, foi escoteiro aos dez anos e estudou no 'Colégio de Caruaru (hoje Colégio Diocesano), onde concluiu o curso ginasial. Começou a trabalhar ajudando o pai a fazer selas de cavalo, mas não seguiu a profissão. Com 12 anos foi trabalhar numa padaria entregando pão e, em seguida, foi ajudante de pedreiro. Com 16 anos foi para os correios entregar telegramas. Nessa época serviu em São Bento do Una e Sirinhaém, cidades do interior de Pernambuco. Também morou em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, onde ele começou sua jornada. Aos 18 anos foi morar no Recife, onde fez um concurso para telegrafista. Embora não tenha sido aprovado, foi aproveitado pelos correios porque sabia taquigrafia. Permaneceu no órgão até ingressar na vida artística. Luiz Jacinto começou sua vida artística na Rádio Cultura do Nordeste, em Caruaru-PE, sua terra natal, onde fazia o programa das 12h30min sob o patrocínio da Manteiga Turvo. 


Em 1964, juntamente com Irandir Costa e Luiz Queiroga, foi trabalhar na extinta TV Tupy, no Rio de Janeiro. Na TV Tupy, participou do programa AEIOU Urca, fazendo o personagem Zé Beato. Depois participou da Escolinha do Professor Raimundo de Chico Anysio fazendo Zé Beato e Ludugero. Luiz Jacinto passou a gravar pela CBS do Rio de Janeiro, que fazia a promoção dos seus discos com a Caravana Pau de Sebo, apresentando shows em várias cidades do Nordeste. 


Entre os artistas que também participavam da Caravana estavam Jacson do Pandeiro, Marinês e Trio Nordestino. Quando morreu, já trabalhava para a Rede Globo. No dia 14 de março de 1970, morre Luiz Jacinto e Irandir Costa o Coronel Ludgero, com toda sua equipe, vítima de desastre aéreo na Baía de Guajará, em Belém do Pará. O corpo de Jacinto só foi encontrado no dia 30 de março e sepultado um dia depois, em Caruaru. 
Depois da morte do Coronel Ludugero e de Otrópe, lançaram-se outros personagens tentando resgatar o riso perdido com a triste tragédia. Entre eles, Coroné Ludrú e Gerômo,Coroné Caruá e Altenes, Seu Pajeú e Zé Macambira, esses com a produção e direção de Luiz Queiroga. 

Mas, até hoje, os personagens são lembrados e revividos em épocas juninas por atores amadores e admiradores dos tipos. Na cidade de Caruaru foi criada, na Vila do Forró, a miniatura da casa do Coronel Ludugero e da Véia Felomena, onde é grande a visitação por turistas. Durante os festejos juninos desta cidade podem ser vistos personagens caracterizados, desfilando pelas ruas, relembrando esses artistas. mas a saudade ficou para sempre.


ÁUDIO DE CORONEL LUDUGERO

re.
DISCOGRAFIA

•ARNAVÁ DO CORONEL LUDUGERO - ( Disco em 78 rotações /1961);
•LUDUGERO APOQUENTADO - (Disco em 78 rotações / 1962);
•CUMBUQUE DE LUDUGERO - (Disco em 78 rotações / 1962);
•A INLEIÇÃO DO CORONEL LUDUGERO - (LP Viva São João Vol. 5);
•LUDUGERO MANDA BRASA - (LP gravado em 1967 pela CBS);
•LUDUGERO E SEU JUMENTO - (LP gravado em 1968 pela CBS);
•LUDUGERO CASA UMA FILHA (LP gravado em 1969 pela CBS);
•DESQUITE DE LUDUGERO (LP gravado em 1970 pela CBS);
•MUITA SAUDADE (LP gravado pela CBS em 1971 reunindo sucessos variados );
•DISCURSO FINAL - (Show AO VIVO gravado pela Rádio Gazeta de Alagoas 1977 );
•DIXE BOM (1979 / Gravado depois da morte do Coronel Ludugero e Otrópe vários sucessos );
•20 SUPER SUCESSOS - CORONEL LUDUGERO - ( 1997 -   Sony Music );
(1999) Coronel Ludugero. 20 Supersucessos • Polydor • CD
(1971) Ludugero casa uma filha • CBS • LP
(1970) muita saudade • CBS • LP
(1964) Sem mulé não presta/Duas fia pra casá • Mocambo • 78
(1962) Ludugero apoquentado/Combuque de Ludugero • Mocambo • 78
(1962) Si tivé mulé/Fiscá fulero • Mocambo • 78

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

FALECEU NO ULTIMO DOMINGO O "ESPINGARDINHA" DO CLUBE NÁUTICO, ÍDOLO DOS ANOS 50.


Na certidão de nascimento ele foi registrado como Ivanildo Souto da Cunha. Na história do futebol ficará imortalizado como Espingardinha. Natural de Garanhuns, uma das maiores referências dos alvirrubros faleceu neste domingo (21), aos 90 anos de idade. Espingardinha, junto com o zagueiro Lula, disputou todos os jogos da conquista do tricampeonato de 1950-51-52. De qualidade técnica indiscutível, o jogador, que ainda tinha a raça como umas das principais características, também era um líder dentro de campo, onde desempenhou a função de capitão do time do Náutico por muito tempo. Além disso, nos Aflitos, atuou como treinador em algumas situações. Fora das quatro linhas, continuou colaborando com o Clube Náutico Capibaribe, desta vez, como diretor. Apaixonado pelas cores vermelha e branca, Espingardinha nunca aceitou assinar contrato como profissional, tendo inclusive, recusado vários convites para jogar profissionalmente em outros estados. Vestido a camisa alvirrubra, Espingardinha conseguia equilibrar a vontade de vencer com a lealdade. A prova disso é que foi agraciado pela Confederação Brasileira de Futebol como o Prêmio Belfort Duarte, concedido ao seleto aos jogadores que passam 200 jogos ou 10 anos sem serem expulsos. Longe do mundo da bola, Ivanildo foi um conceituado executivo do Grupo Financeiro Banorte. Casado com Mabel Ventura Souto da Cunha,teve quatro filhos: Ivanildo, Ivana, Ivan e Ivo Sérgio. ( Matéria extraída do Sitio Eletrônico do clube Náutico Capibaribe ). Ivanildo era neto de Umbelina Souto da Rocha que era esposa do patriarca Major Izidoro ).

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

EZECHIAS DA ROCHA, O SENADOR QUE INTITULOU O “PETRÓLEO É NOSSO”.



Ezechias da Rocha ainda estudando Medicina na Bahia em 1916. É o quinto da esquerda para direita o de menor estátura do grupo.

Ezechias Jerônimo da Rocha nasceu no dia 8 de dezembro de 1898 na antiga vila de Sertãozinho, atual município sertanejo de Major Izidoro em Alagoas. Era filho de Maria Umbelina Rocha e do Major Izidoro Jerônimo da Rocha, que seria homenageado dando o nome ao lugar. Iniciou os estudos ainda em Sertãozinho na escola da professora Leopoldina Ferreira e, já em Maceió, estudou no Colégio 11 de Janeiro, do professor Higino Belo. Para estudar Medicina transferiu-se para Salvador, onde concluiu o curso em 1921.De volta a Maceió, construiu uma vida profissional que o levou a ser chefe de clínica da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, professor de História Natural do Lyceu e do Instituto de Educação. Posteriormente, tornou-se professor de Medicina Tropical na Escola de Medicina de Alagoas, da qual foi um dos fundadores. 



Casou-se com Maria Anunciação Botelho da Rocha ( Ahia da Rocha ), filha do Dr. Manoel Sampaio Marques, com quem teve Três filhos de nomes: Fernando Jorge da Rocha, Anna Maria da Rocha e Humberto Jorge da RochaParticipando da vida da comunidade, vincula-se ao CSA e é o primeiro médico esportivo de Alagoas. Era comum vê-lo entrando em campo com uma bolsa para aplicar arnica nos jogadores machucados. 


Destaca-se também nas letras e lidera a Sociedade de Medicina de Alagoas. Por estar nesta posição no período da Revolução de 30, é convidado pelo interventor Afonso de Carvalho para assumir a Diretoria de Saúde Pública. Movido valores cristãos — era um católico extremado — adota a máxima “antes de salvar a terra, é preciso salvar o homem”, e inicia uma política de Saúde voltada para educar e sanear, elevando o nível social e intelectual do povo. Adota campanhas sanitárias que eram propagadas em versos, utilizando as crendices, adivinhações e a autoridade mística do Padre Cícero Romão. 

POLÍTICA

Como presidente da Sociedade de Medicina, logo foi chamado para ingressar na política. Em 1934 candidata-se a deputado, mas fica na suplência em uma eleição em que alguns analistas da época asseguram que ele foi eleito. Em 1936, assume o mandato até novembro do ano seguinte, quando o Estado Novo extingue o parlamento.


Em 1950, filiado ao Partido Republicano, é chamado por Arnon de Mello para compor a chapa como candidato ao Senado. Arnon enfrentava Campos Teixeira, ligado a Silvestre Péricles, enquanto que Ezechias da Rocha teria que vencer o poderoso general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, que esteve no poder com Getúlio Vargas desde os primeiros movimentos de 1930. Mesmo sem recursos, venceu a eleição e transformou-se em um fenômeno eleitoral discutido e comentado no mundo político do país. No Senado, ocupou a 4ª Secretaria da Mesa, foi ainda presidente da Comissões de Redação e Saúde, e membro das comissões de Cultura e Saúde. Foi delegado brasileiro às conferências interparlamentares que se reuniram em Viena e Helsinque.


No Senado, seu forte nacionalismo o levou a se destacar na campanha o “Petróleo é Nosso“, sendo identificado como “o parlamentar do petróleo”. Os problemas do Nordeste e de Alagoas também faziam parte da sua pauta de atuação parlamentar. Autor de inúmeros escritos científicos, Ezechias da Rocha também desenvolveu aptidões intelectuais, levando-o a participar das rodas culturais da época e a participar de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Federação das Academias de Letras do Brasil e Academia Alagoana de Letras. Na atividade literária utilizou os seguintes pseudônimos: Frei Francisco, Paulo Bruno e Alexandre Zabelê. Com o fim do mandato de senador, em janeiro de 1959, não mais candidatou-se. Dividiu os últimos anos de sua vida entre o Rio de Janeiro e Maceió. Faleceu no Rio de Janeiro em 8 de abril de 1983.

Obras

– Síndrome, Bahia, Imprensa Oficial, 1921 (Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Bahia);
– A Vida dos Cristais (Ponto de livre escolha). Tese de Concurso à Cadeira de História Natural no Liceu Alagoano, Salvador, A Nova Gráfica, 1926;
– Metamorfose do Organismo Brizoário (ponto sorteado pela Congregação. Tese de Concurso à Cadeira de História Natural, no Liceu Alagoano), Bahia, A Nova Gráfica, 1926;
– Intoxicação Ciânica Endógena, Uma Hipótese Sobre a Etiopatogenia do Diabete. Conferência Lida na Sociedade de Medicina de Porto Alegre, em 6/4/48, Maceió, Arquivo da Sociedade de Medicina de Alagoas, 1948;
– Lusitânia, Maceió, Ed. C. Ramalho 1922 (poesia em homenagem aos aviadores portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho);
– Dois Discursos, Maceió/Jaraguá, Livraria Machado, 1933;
– Por Deus e Pela Pátria!, Maceió, Ed. C. Ramalho, 1942;
– Quem Pode Cantar? , Rio de Janeiro, [s. ed.] 1963 (poesia);
– Sonetos, Maceió, 1965; Musa Antiga, Maceió, Orfanato São Domingos, 1947, prêmio Othon Bezerra de Melo, da AAL (poesia );
– Em Memória do Patriarca de Sertãozinho, Maceió, Orfanato São Domingos, 1947;
– Este Rio é Sempre o Rio, Rio de Janeiro, J. Ozon Editor, 1961 e Maceió, Orfanato São Domingos, 1967 (poesia );
– A Epopéia da Baleia, Rio de Janeiro, J. Ozon Editor, [s.dt.] (poesia );
– Poemas Autografados, Rio de Janeiro, 1974;
– 13 Sonetos, prefácio de Lima Júnior, Maceió, [s. ed.], 1961;
– Cidade Maravilhosa, Em Comemoração do IV Centenário da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, Maceió, Ed. Figueiredo, 1964 (poesia );
– Sonetos, Maceió, 1965; Vamos Caçar Cegonha, Rio de Janeiro, 1971 2ª edição BENFAM, (poesia);
– Cantos Natalinos, Rio de Janeiro, Valentim Gráfica Editora, 1982;
– Cantos do Natal, Rio de Janeiro, Livraria H. Antunes, 1956;
– 100 Quadrinhas, Maceió; Minha Terra, prefácio de Paulino Santiago, 1954 (dat.);
– Poemas Natalinos, Rio de Janeiro, 1982; O AntiCristo. 666;
– Sonetos e Outros Poemas, Alagoas, 1974;
– A Eucharistia, o Pão da Paz (Discurso Pronunciado na Matriz de Jaraguá por ocasião da Semana Eucharística, Realizado no Mês de Outubro de 1937), Maceió, Gráfica Orphanato São Domingos, 1938;
– Petróleo Para Alagoas. Por Ezechias da Rocha e Igor Tenório, Maceió, Casa Ramalho Editora, 1956;
– Adeus à Belacap. Cidade das Maravias, Rio de Janeiro, J. Ozon Editor, [s. dt.];
– Trata-se Efetivamente do Fêmur do Megatério – É o Que Nos Diz o Dr. Ezequias da Rocha, Dedicado Amador da Paleontologia Entre Nós; Revista do IHGA, v. XX, Anos de 1938-1939, p. 53-57 ( originalmente publicado na Gazeta de Alagoas, de 21/06/1938);
– Discurso do Dr. Ezequias da Rocha na Sessão com que o Instituto celebrou o cinquentenário da Rerum Novarum, Revista do IHGA, v. 21, anos 1940-41, Maceió, s/d, p. 118-119;
– O Galo de Belém, Revista da AAL, n. 03, p. 19-20 (poesia);
– Poesia, Revista da AAL, n. 04, p. 21-24;
– Sonetos, Revista da AAL, n. 5, p. 17-19;
– Ciúme do Mar, Revista da AAL, n. 6, p. 23-25 (poesia);
– Sonetos, Revista da AAL, n. 7, p. 33-35;
– Diversos, Revista da AAL, n. 8, p. 18-23 (poemas);
– Canto Nativo, Revista da AAL, n. 9, p. 20(poesia);
– Colaborador de diversos periódicos, em especial no Jornal de Alagoas e no Imparcial (BA).
Fonte: Pesquisa do prof. Douglas Apratto Tenório para Memórias Legislativas nº 27, de 28 de junho de 1998; Site: A FAMÍLIA DA ROCHA DE MAJOR IZIDORO – ALAGOAS.   ( Pública no Sitio: www.historiadealagoas.com.br)