O ALAGOANO E LEGENDÁRIO FLORO GOMES
NOVAES
O lendário
Floro Gomes Novaes nasceu no antigo povoado de Capim hoje cidade de Olivença, Estado
de Alagoas, É claro que seu nome ficou
longe da fama do maior rei do cangaço moderno, mas os fatos que envolvem a sua
sina de vingador e justiceiro também merecem um registro atento e responsável
por aqueles que estudam o fenômeno do cangaço na região Nordeste. A saga do vingador justiceiro de Floro Novaes iniciou quando
assassinaram o seu pai ULISSES GOMES NOVAES em 1951 no povoado de Capelinha
Município de Major Izidoro -AL o marchante Ulisses Gomes Novaes, o Nordeste
ganhou um dos mais célebres, discutidos homens análogos ao “cangaço”. O motivo
do ingresso deste homem nesta vida violenta e perigosa, foi a perda do pai. Desencadeou o processo de vinganças
e depois não teve mais jeito de parar as matanças. Floro fez uma lista dos
culpados um a um eles foram mortos, até que chegou ao ultimo nome da lista João José que estava em
Capelinha Município de Major Izidoro no dia 05 de outubro de 1959, dia de
domingo era dia de feira no povoado de Capelinha e fazia anos do assassinato de seu pai. Floro
encontrou João José conversando com o delegado local numa mercenária próxima
com 19 anos magro não se intimidou, se
aproximou do matador de seu pai e disse:
: Prepare seu caixão, você nunca mais mata pai de um homem e em seguida executou
o assassinou de seu pai. Floro foi cangaceiro moderno, motorizado, tinha domicílio
certo na Fazenda Mamoeiro, criava pequeno rebanho de caprinos, algumas cabeças
de gado e um dos maiores produtores de feijão do município de Águas Belas-PE.
Na
semana pré-carnavalesca, Floro acertou com Mané Miúdo em Águas Belas, uma caçada
de veado no Riacho do Mel, para quarta-feira de cinzas. No dia 25 de fevereiro
dia de quarta-feira o carnaval de 1971 pintava como um dos mais animados no
sertão. Chovia bastante na região e o invernos de fatura, em razão de um ano
anterior ter sido a uma das mais castigadas secas do nordeste nos últimos anos.
Mané Miúdo avisou que iria participar juntos os irmãos Wilson e Américo, filhos
de João Lins. Gente de confiança. Na manhã do dia combinado, Floro mandou selar
a burra, enquanto limpava a espingarda calibre 12. Revisou os cartuchos,
colocando 14 no aió (bolsa que o sertanejo usa para caçar) e dois nos canos. Calçou
botinas, dirigiu-se para o curral e reclamou da demora do ajudante. Viraram à
direita ao atingirem a estrada Boqueirão-Águas Belas. Logo adiante dobraram
novamente no mesmo sentido, pegaram a que segue para o Riacho do Mel. No meio da caçada passar em frente
do piquete, o primeiro tiro. Jurandir endereçou-o ao ouvido esquerdo de Floro.
Passou de raspão na testa, perfurando a aba do chapéu no estampido, Floro
gritou: - Solta a espingarda e corre, senão tu morre, fi da peste! Wilson o
fez. Disparou na montaria. A burra empinou. A parada propiciou Alfredo acionar
o mosquetão. O balaço entrou à altura da costela mindinha. Saiu abaixo do peito
direito, queimando o músculo do braço. Floro caiu de tórax perfurado.
Arrastou-se rapidamente apanhando a espingarda. Mirou as moitas e fez fogo. O
esconderijo foi podado pelos caroços de chumbo da possante. No interior só os
gravetos. A dupla correu caatinga à dentro pelo mesmo lado esquerdo, após o
segundo disparo. Atravessou a estrada na frente, pegando o lado direito. A dor retira reflexos. Disparos
quase simultâneos.
O tiro de mosquetão atingiu o encontro da perna direita,
partindo-a. O de espingarda, peito esquerdo. Cravou cinco rolimãs abaixo da
clavícula, junto ao coração. Floro deu um pulo. Urrou igual fera atingida de surpresa. No cair, acionou o
gatilho a copa da umburana. O exame cadavérico efetuado por médico em Águas Belas,
diagnosticou a causa-mortis: hemorragia interna provocada por vários ferimentos
transfixantes perto do coração. Presumindo-se que tenha expirado na tarde da
quarta-feira. Chuva e frio aliados, conservaram o cadáver naquela noite. Às
vinte horas da quinta-feira não exalava nenhum mau cheiro, contou João Paes. O
cortejo fúnebre saiu da Fazenda Mamoeiro para Águas Belas na sexta-feira pela manhã.
Feita a autópsia, seguiu para Jacaré dos Homens. O sepultamento se deu à tarde. Na quaresma os jornalistas
continuaram. Exploraram o assunto até o julgamento, desaforado para Recife -
Pernambuco. Nos jornais não faltou matéria. Floro
decidiu seguir a vida de justiceiro em 1951 quando seu pai foi assassinado em
uma emboscada na cidade de Santana do Ipanema(AL). Na brutalidade dos
assassinos, o cérebro de Ulisses Novaes foi esmagado com a coronha de um rifle.
Floro jurou vingança e viveu o resto de sua vida com esse propósito, às vezes
na companhia de alguns comparsas, como Valderedo Ferreira, na maior parte do
tempo sozinho, na aridez da caatinga dos sertões de Alagoas e Pernambuco. Foram
19 anos com suas armas cuspindo fogo e colecionando os corpos dos inimigos até
ser morto também numa tocaia, em 1971. ( Texto escrito por Valdir Oliveira e no livro Guerrreiros do Sol,
de Frederico Pernambucano de Melo, São Paulo: A Girafa Editora, 2004 ).
Morto em 1971 numa tocaia,preparada por quem?
ResponderExcluirPelos irmãos de Ivo Elias, dizem que Ivo foi morto por Floro Gomes.
ExcluirTexto muito bem contato por Pernambucano de Mello.
ResponderExcluirNão si faz mais homem igual antigamente
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