domingo, 12 de outubro de 2014

A HISTÓRIA DE LAMPIÃO, CONTADA POR MELCHIADES JERÔNYMO DA ROCHA, FILHO DO SAUDOSO PATRIARCA MAJOR IZIDORO..



O hábito de organizar coleções de objetos de arte, raros ou exóticos, ou de amostras reunidas por curiosidade científica era comum na Grécia e Roma antigas, segundo referências que se estendem de Homero (século 9 a.C.) ao ano 125 da Era Cristã, quando morreu Plutarco. Logo, as coleções se formavam a partir da época helenística, e daí passaram à Roma do fim da República e do Império. Portanto, é bastante remoto o gosto de colecionar, especialmente com a preocupação de guardar o testemunho do passado, em que pudessem ser admiradas e estudadas as coleções de objetos históricos.
A morte do cangaceiro Lampião (1898-1938) é um assunto polêmico. Para alguns, revestido de grande complexidade, de inimagináveis controvérsias. Fato é que o ataque, em 28 de julho de 1938, da tropa do 2º Batalhão Policial Militar de Alagoas ao esconderijo Angico, sertão de Sergipe, onde descansavam Lampião, Maria Bonita (1910-1938) e toda a patota, liquidou 11 cangaceiros no confronto - se é que houve realmente confronto. Mas qual o destino dos objetos que estavam com os cangaceiros derrotados em Angico?




Após a refrega, o jornalista alagoano e redator do periódico carioca A Noite, Melchiades da Rocha (1899-1996), relata no livroBandoleiros das Catingas as "verdadeiras obras de arte" que "a polícia alagoana arrecadou na Grota de Angicos". Tratava-se dos "apetrechos e material de guerra que se encontravam nas barracas do rústico acampamento do Rei do Cangaço". Algumas dessas peças se encontram, hoje, no Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, em Maceió, uma vez que seu acervo reúne objetos e documentos dos mais valiosos subsídios autênticos, de valor indefinível, dos acontecimentos que envolveram as volantes e os grupos de cangaceiros no sertão alagoano.
O referido acervo é constituído por óculos, punhal, cartucheira, chapéu, cantil, armaria, mochilas, alpercata, colchas, além de uma moldagem da cabeça de Lampião. Além disso, o acervo possui fotografias, processos jurídicos e diversos bilhetes redigidos por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seus livrinhos de oração.



A doação ao Instituto Histórico de Alagoas dos objetos recolhidos após o combate em Angico foi realizada por ordem do interventor Osman Loureiro (1895-1979), por meio do ofício nº 1521, datado de 29 de novembro de 1938, em Maceió, assinado por José Maria Correia das Neves (1886-1953), então secretário do Interior, Educação e Saúde do Estado de Alagoas. O aviso da oferenda dos "trophéos pertencentes ao celerado Virgulino" - palavras de Correia das Neves - mereceu espaço nas atas das reuniões da instituição cultural.
Atendeu ao pedido do nobre ministro o interventor alagoano Osman Loureiro, no envio dos apetrechos, entretanto, a imprensa alagoana alertava em suas manchetes que "após a exposição, os troféus voltarão para Maceió, para que lhe seja dado o destino que se resolver". Seguindo no navio Itanagé, em 12 de agosto de 1938, com destino ao Rio de Janeiro, Melchiades da Rocha levou consigo os referidos "trophéos" para serem exibidos ao público carioca.
Por sua vez, em reunião no Instituto Histórico, em 11 de agosto de 1938, o presidente Orlando Araújo (1882-1953) agradeceu aos sócios Paulino Santiago, Ezechias da Rocha e Théo Brandão "pelo desempenho cabal da missão que lhes fora confiada, de conseguir para o Instituto a maquete da cabeça e a indumentária do famoso Lampião". Em encontro posterior, o secretário perpétuo Luiz Lavenère (1868-1966) informa que "pedira ao governo do Estado que entregasse ao Instituto a guarda dos objetos que pertenceram ao célebre cangaceiro, obtendo promessa favorável ao seu apelo, o que o levou a estranhar que tais objetos estejam sendo exibidos pelo jornal A Noite, do Rio". Mas o apelo do sócio foi atendido, conforme atesta em ofício dirigido ao instituto, no qual o interventor Osman Loureiro se manifestou "anunciando haver providenciado o retorno a esta Capital dos troféus do bando de Lampião".




Na capital Maceió, aliás, corriam as primeiras notícias a respeito da modelagem da cabeça de Lampião, pode-se dizer, executada com esmero pelo escultor Lourenço Peixoto (1897-1986). Na edição concernente ao dia 6 de agosto de 1938, oJornal de Alagoas registraria aos leitores que "por solicitação do Instituto Histórico de Alagoas, o professor Lourenço Peixoto está modelando em gesso a máscara de Lampião". Segundo o noticiário, pretendia o "Instituto Histórico reconstituir a figura do 'Rei do Cangaço', nos mesmos moldes como se pratica nos museus antropológicos".
Entretanto, Lourenço Peixoto executou seu trabalho artístico bem antes que o professor Arnaldo Silveira, docente da renomada Faculdade de Medicina da Bahia, fizesse o traslado para Salvador apenas das cabeças de Lampião e Maria Bonita. Enquanto isso, Lavenère, em um resmungo descabido, quis apressar o regresso dos objetos dos cangaceiros a Alagoas, talvez receoso de que pudessem permanecer no Rio de Janeiro, por causa da prontidão com que o interventor atendia aos pedidos dos interessados.



E assim, o Diário Oficial do Estado publicou, em 1º de dezembro de 1938, o mencionado ofício nº 1.521 ofertando os objetos ao Instituto Histórico, discriminados em inventário conforme o script. Ao mesmo tempo em que as reuniões na entidade cultural aconteciam quase vazias, pelo diminuto número de sócios presentes, por outro lado, a exibição dos objetos capturados em Angico adornava as vitrinas do museu, atraindo os olhares de jornalistas, letrados e autoridades.


ESPÓLIO CAUSOU INTRIGA ESTADUAL

Ao entardecer do longínquo maio de 1939, quando uma comitiva, encabeçada pelo secretário Luiz Lavenère, visitava o museu do Instituto Histórico, por um descuido, notou-se o sumiço de dois objetos pertencentes a Lampião. O desaparecimento logo provocou vozerio. A correria e um sentimento de urgência atingiram o esguio Lavenère. Diante desse incômodo, talvez rememorando o empenho em que pôde triunfar após a conquista na captura dos objetos - que tudo isso, decerto, seria a maior das vaidades -, fragilizou-se o destemido secretário. Preocupado com o fato - ou melhor, o furto -, o próprio Lavenère, na sessão ordinária de 31 de maio de 1939, pedindo para constar na ata "ad perpetuam rei memoriam (para perpétua lembrança)", solicitou o registro do "desaparecimento de dois anéis que pertenceram a Lampião, fato ocorrido por ocasião da visita que o exmo. sr. interventor do Rio Grande do Norte e seu secretário fizeram ao instituto". Os objetos desaparecidos, provavelmente, seriam as seguintes peças: um anel de ouro com as iniciais na parte exterior C.V.L. e uma aliança de ouro com a inscrição "Capitão Lampião", na parte interna, conforme descreve o inventário. Como em qualquer coleção, o que não faltam são vestígios dispersos e, recuperar a sua história é, no mínimo, revelador. Do rico acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, uma peça se destaca, particularmente, pela cadente história de como ali fora identificada: o vestido de Maria Bonita. Consta nos arquivos do museu que "o vestido de Maria Bonita foi, de certa forma, 'esquecido' ao longo do tempo". Mas este "esquecimento" durou somente até o momento em que um pesquisador, aficionado pelo cangacismo, procurou a instituição. Ele indagou sobre ali se encontrar a peça pertencente à baiana Maria de Déa ou simplesmente Maria Gomes Oliveira - nome de nascimento de Maria Bonita (1910-1938) -, que "teria sido doada ao museu nos anos 70".



  
Segundo os registros, o pesquisador "tinha informações precisas e descreveu a peça em detalhes", desencadeando o "procura daqui, procura dali, [até que] o vestido foi identificado. Salvo do esquecimento, passou [finalmente] a constituir uma relíquia" do acervo, o vistoso objeto da mulher que perambulava sertão adentro. A doação do vestido foi feita pela atriz Nádia Maria, cujos familiares o receberam por meio do jornalista Melchiades da Rocha, o qual, por sua vez, foi agraciado pela oferta da vestimenta por intermédio do aspirante Francisco Ferreira Melo, da Polícia de Alagoas. Com vistas à preservação da memória regional, essas peças que constituem um expressivo valor histórico, como resgate de uma época marcada pelo banditismo, continuam a provocar reflexões sobre as possibilidades e direções relativas aos estudos de nossa formação e identidade. São fragmentos de uma natureza simbólica num encontro imaginário, nos quais a memória preservada ocupa espaço nos dias atuais, em uma época em que as lições do passado são tragadas pelo esquecimento. Destino inglório, na vitrina que atenua a luminosidade no Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde assentam vestígios materiais do cangaço, não para reverência, mas somente ressoando os ecos da história. ( Matéria  e fotos extraídas do sitio Portal Ciência e Vida ).

https://drive.google.com/file/d/1Qo2PsMa12lIjN9RXpD4z_-alTk-W9l1-/view?usp=sharing


terça-feira, 19 de agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DO NOSSO INESQUECÍVEL EX-GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS.



Que a vida passa, mas as obras de um homem fica como os seus legados, que são peças que jamais tiraram da humanidade, são dádivas doadas por Deus. O homem e a mulher são iguais em quase todo o seu ser com suas minúsculas diferenças entre legados, culturas, formas físicas e vontade de mudar o mundo. Eduardo foi esse homem que mudou a vida das pessoas e passou os seus ensinamentos, e provou que o Brasil tem jeito e forma de ser sempre reconstruído, pois não é a infração e a corrupção que vai levar o colapso o brasil. 


domingo, 25 de maio de 2014

FUNDAÇÃO DA EMPRESA VALE DOURADO


1987  -  Início das Atividades da  VALEDOURADO  Como Laticínios RS Ltda, de Propriedade fazer Empresário Ricardo de Souza Leão Sampaio, Filho fazer saudoso ex-Governado de Pernambuco Cid Sampaio los UMA Indústria nenhum Municípios de major Izidoro, Região da Bacia leiteira do Sertão de Alagoas.

1988  - A Laticínios RS Ltda. Passa a comercializar OS SEUS Produtos com a Marca VALEDOURADO, tendão UMA Atuação Mais destacada com o leite pasteurizado Tipo C, POIS A Região de major Izidoro JÁ FOI considerada a Melhor Região do Nordeste do Pará se Produzir Leite, POIs não PERÍODO da seca, o gado se Alimenta de palmas e cilos agricultura Opaco se adaptoucom POR exelencia NAS terras da Região. Essa terras FORAM comptradas Pelo entãopatriarca major Izidoro não ANO DE 1860, QUANDO migrou com SUA Família da Voltas dos Dois Riachos parágrafo um entao Cidade Que levou o Seu Nome.

1989 -  era O Empresário Ricardo Sampaio comprou uma ILPISA Opaco de Propriedade fazer Empresário José do Azevedo do Amaral, localizada los Palmeira dos Índios-AL ea Partir da Compra Promove hum Arrojado Processo de Modernização ea ILPISA Torna-se uma Primeira Empresa alagoana e UMA das Primeiras do Nordeste a fabricar Produtos em Embalagens Longa Vida. Nos Anos 1990, Por Falta de insentivos dos Governos Municipais e Estaduais e como Constantes Faltas de infra-estruturas, uma Marca Vale Dourado Como Passou a predominar migrou-se par a Cidade de Palmeira dos Índios Alagoas.

1994  - A Empresa DEU UM considerável salto Tecnológico e comercial, when lançou nenhum Mercado o leite Longa Vida, Chamado tecnicamente UHT - Ultra Alta Temperatura, seguindo uma Tendência de Sucesso Desse PRODUTO no Brasil, apresentando hum Crescimento Significativo from o Seu LANÇAMENTO nenhuma Mercado. Para um ILPISA, Este PRODUTO possibilitou, Entre To Us Link Aspectos positivos, uma Expansão da Marca VALEDOURADO, Visto Que Passou um Ser distribuido parágrafo TODO o nordeste.

1997  - LICENCIAMENTO da Marca Tampico e Introdução não Nordeste, PRODUTO Bastante vendido nn Supermercados do Nordeste.

1999  - Adquiriu um Fleischaman Real nenhum município de Itapetinga na Bahia, Fazendo um VALEDOURADO Ser Reconhecida los TODO Nordeste Como UMA grande Empresa.

2014 - Hoje é considerada UMA Marca conhecida Pela Qualidade de Produtos SEUS, Que VEM CADA Vez Mais Sendo Acessível a População e promete Crescer Muito, Pois é UMA Marca genuinamente Brasileira e Hoje com sede central, na Cidade de Maceió - Alagoas. Atualmente Produz: leite em Caixa de Alta Qualidade, Variedades de chocolates, Tampico, Iorgute, achocolatado, leite em Pó, ovo de Páscoa, manteiga, margarina, chocolates los barras e etc.


domingo, 7 de julho de 2013

CAPELA CENTENÁRIA CONSTRUÍDA POR ALFERES JOÃO DA ROCHA PIRES PATRIARCA DAS FAMÍLIAS ROCHA, PIRES E SOUZA, ENCONTRA-SE TOTALMENTE ABANDONADA.



Capela Centenária de Nossa Senhora das Brotas que foi construída no ano de 1771, pelo Alferes João da Rocha Pires, no Sítio Santa Cruz que se localiza entre os Municípios alagoanos de  de Cacimbinhas e Estrela de Alagoas. O Sítio Santa Cruz pertenceu ao município de Palmeira dos Índios, nos anos de 1835 a 1958 e por depois ao município de Cacimbinhas, de 1958 até o ano de 1992 quando passou a pertencendo ao município de Estrela de Alagoas. O primeiro patriarca e fundador da família Rocha, conforme informações escritas, deixadas por seus descendentes que viveram nos anos de 1810 – 1890, o Alferes João da Rocha Pires nasceu de pais portugueses na Vila de Porto da Folha (Sergipe), no ano de 1692, onde se casou com Tomásia de Souza e morou com seus familiares até 1750, ano em que comprou uma sesmaria de vinte léguas quadradas de terra ao Sr. João Pereira da Cruz Vilela, que morava em Bom Conselho na Capitania de Pernambuco. A sesmaria do Alferes João da Rocha Pires com o Sitio Santa Cruz estava contida na Jurisdição de Penedo. No ano de 1771, quando o Alferes já estava com 79 anos, mandou construir uma capela em honra de Nossa Senhora, ao mesmo tempo fez a doação de meia légua quadrada de terras como patrimônio da capela e de sua padroeira: Nossa Senhora das Brotas, fez também a doação de doze novilhas e um touro, a fim de garantir condições dos seus descendentes de bem zelar a Capela e seu patrimônio.



Quando o Alferes João da Rocha Pires faleceu em 1776, foi sepultado dentro da capela, os seus descendentes ao falecerem eram também sepultados ao seu lado, quando terminou os espaços do lado de dentro, começaram a sepultar os que iam morrendo do lado de fora a fim de que a família fosse sempre reverenciada e unida. Os zeladores do patrimônio deixado por Alferes João da Rocha Pires, após a partilha de toda sesmaria, mantiveram sempre o zelo da capela e dos túmulos dos seus antepassados até alguns anos atrás.


Sucede que atualmente a capela de nossa senhora das Brotas encontra-se, praticamente abandonada com cupins no telhado e há anos não houve qualquer sinais de restauração. Faço um apela às autoridades e de especial ao Deputado Estadual por Alagoas  Ricardo Nezinho para que reúna esforços e consiga a restauração da Capela de Nossa senhora das brotas com o seu tombamento como patrimônio estadual, pois do jeito que se encontra em poucos anos só restará escombros. Digo firmemente se eu residisse próximo aquela localidade, levantaria todos os esforços do mundo junto aos familiares Amorim, Rocha, Pires, Souza, Melo, Cartaxo para que a dita capela fosse tombada. A Capela de Nossa \senhora das brotas serviu como cenário para as filmagens do filme Vidas Secas, baseado na obra do escritor alagoano.



BAIXE E LEIA O LIVRO COM A ARVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA ROCHA, PIRES E SOUZA NESTE, LIVRO NA PAGINA N.º. 79 ENCONTRA-SE A ARVORE GENEALÓGICA DE ANTONINO JERÔNYMO DA ROCHA E A NA PAGINA Nº.82  A DE  MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA SEUS FILHOS E NETOS.


BAIXE O LIVRO NOSSA TERRA E NOSSA HISTÓRIA

PARTE: I



PARTE: II
http://www.sendspace.com/file/i47e92

BAIXE O LIVRO SOBRE A HISTÓRIA DE MAJOR IZIDORO




sábado, 22 de junho de 2013

VEJA O DIA DA NOMEAÇÃO DO MAJOR IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA PARA A GUARDA NACIONAL.

PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU) DE 26/07/1893 - PG. 2. SEÇÃO 1.


RELAÇÃO DOS NOMEADOS PARA A GUARDA NACIONAL DA COMARCA DO PÃO DE ASSUCAR NO ESTADO DE ALAGOAS


O Vice-Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil resolve nomear para a Guarda Nacional da Comarca de Pão de Assucar, no Estado das Alagoas, os constantes da relação, junta, assinada pelo ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores.


Capital Federal, 02 de julho de 1893.

FLORIANO PEIXOTO
FERNANDO LOBO



NOMEADO: MAJOR-FISCAL, O TENENTE, IZIDORO JERÔNYMO DA ROCHA


terça-feira, 11 de junho de 2013