quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
BIBLIOGRAFIA COMPLETA DO SENADOR EZECHIAS JERÔNYMO DA ROCHA.
SENADOR EZECHIAS
JERÔNYMO DA ROCHA
PERÍODOS
LEGISLATIVOS DA QUARTA REPÚBLICA - 1951-1959
EZECHIAS JERÔNYMO
DA ROCHA
Nascimento: 08/12/1898
Natural de: Major Izidoro - AL
Filiação: Izidoro Jerônymo da Rocha e Maria Umbelina Souto da Rocha
Natural de: Major Izidoro - AL
Filiação: Izidoro Jerônymo da Rocha e Maria Umbelina Souto da Rocha
BIBLIOGRAFIA
COMPLETA DO SENADOR EZECHIAS JERÔNYMO DA ROCHA
Foi Deputado Estadual, Senador da República, Médico. Filho do patriarca da família rocha o saudoso Major Izidoro Jerônimo da Rocha e de
Maria Umbelina Souto da Rocha, esta filha do patriarca da cidade de Jacaré dos Homens, Capitão Manoel Lourenço Souto. Curso primário na terra natal, secundário em
Maceió, no Colégio 11 de Janeiro. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia
(1921), especializou-se em clínica médica. De volta a seu estado, clinicou e
tornou-se catedrático de História Natural na Escola Normal e no Liceu Alagoano.
Chefe de Clínica da Santa Casa de Misericórdia. Diretor da Saúde Pública, em
1932-33. Posteriormente, tornou-se professor de Medicina Tropical na Escola de
Medicina de Alagoas, da qual foi um dos fundadores. Em outubro de 1934
candidata-se a deputado estadual em Alagoas e obtém uma suplência. Assumindo em
1936, permaneceu na Assembléia Legislativa até 10 de novembro do ano seguinte,
quando são fechados os legislativos do país. Em outubro de 1950, elege-se
senador na legenda da UDN, ocupando sua cadeira de março de 1951 a janeiro de 1959,
tendo sido membro da Comissão de Saúde e, ainda, da Comissão de Redação. Foi
delegado brasileiro às conferências interparlamentares que se reuniram em Viena
e Helsinque. Diplomado pela Escola Superior de Guerra. Foi presidente de
Sociedade de Medicina de Alagoas. Membro da AAL onde ocupou a cadeira 20. Sócio
do IHGA, foi colaborador da revista dessa última instituição. Pseudônimos: Frei
Francisco, Paulo Bruno e Alexandre Zabelê. Obras: Síndrome, Bahia, Imprensa
Oficial, 1921 (Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Bahia ); A Vida dos
Cristais (Ponto de livre escolha). Tese de Concurso à Cadeira de Historia
Natural no Liceu Alagoano, Salvador, A Nova Gráfica, 1926; Metamorfose do Organismo
Brizoário (ponto sorteado pela Congregação. Tese de Concurso à Cadeira de
História Natural, no Liceu Alagoano), Bahia, A Nova Gráfica, 1926; Intoxicação
Ciânica Endógena, Uma Hipótese Sobre a Etiopatogenia do Diabete. Conferência
Lida na Sociedade de Medicina de Porto Alegre, em 6/4/48, Maceió, Arquivo da
Sociedade de Medicina de Alagoas, 1948; Lusitânia, Maceió, Ed. C. Ramalho 1922
(poesia em homenagem aos aviadores portugueses Sacadura Cabral e Gago
Coutinho); Dois Discursos, Maceió/Jaraguá, Livraria Machado, 1933; Por Deus e
Pela Pátria !, Maceió, Ed. C. Ramalho, 1942; Quem Pode Cantar ? , Rio de
Janeiro, [ s. ed.] 1963 (poesia); Sonetos, Maceió, 1965; Musa Antiga, Maceió,
Orfanato São Domingos, 1947, prêmio Othon Bezerra de Melo, da AAL(poesia ); Em
Memória do Patriarca de Sertãozinho, Maceió, Orfanato São Domingos, 1947; Este
Rio é Sempre o Rio, Rio de Janeiro, J. Ozon Editor, 1961 e Maceió, Orfanato São
Domingos, 1967 (poesia ); A Epopéia da Baleia, Rio de Janeiro, J. Ozon Editor,
[ s.dt.] (poesia ); Poemas Autografados, Rio de Janeiro, 1974; 13 Sonetos,
prefácio de Lima Júnior, Maceió, [ s. ed.], 1961; Cidade Maravilhosa, Em
Comemoração do IV Centenário da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro,
Maceió, Ed. Figueiredo, 1964 (poesia ); Sonetos, Maceió, 1965; Vamos Caçar
Cegonha, Rio de Janeiro, 1971 2ª edição BENFAM, (poesia); Cantos Natalinos, Rio
de Janeiro, Valentim Gráfica Editora, 1982; Cantos do Natal, Rio de Janeiro,
Livraria H. Antunes, 1956 ; 100 Quadrinhas, Maceió; Minha Terra, prefacio de
Paulino Santiago, 1954 (dat.); Poemas Natalinos, Rio de Janeiro, 1982; O
AntiCristo. 666 ; Sonetos e Outros Poemas, Alagoas, 1974; A Eucharistia, o Pão
da Paz ( Discurso Pronunciado na Matriz de Jaraguá por Ocasião da Semana
Eucharística, Realizado no Mês de Outubro de 1937), Maceió, Gráfica o Orphanato
São Domingos, 1938; Petróleo Para Alagoas. Por Ezechias da Rocha e Igor
Tenório, Maceió, Casa Ramalho Editora , 1956; Adeus à Belacap . Cidade das
Maravias, Rio de Janeiro, J. Ozon Editor, [s. dt.]; Trata-se Efetivamente do
Fêmur do Megatério - É o Que Nos Diz o Dr. Ezequias da Rocha, Dedicado Amador
da Paleontologia Entre Nós; Revista do IHGA, v. XX, Anos de 1938-1939, p. 53-57 ( originalmente publicado na Gazeta de Alagoas, de 21/06/1938); Discurso do Dr.
Ezequias da Rocha na Sessão com que o Instituto Celebrou o Cinqüentenário da
Rerum Novarum, Revista do IHGA, v. 21, anos 1940-41, Maceió, s/d, p. 118-119; O
Galo de Belém, Revista da AAL, n. 03, p. 19-20 (poesia); Poesia, Revista da
AAL, n. 04, p. 21-24; Sonetos, Revista da AAL, n. 5, p. 17-19; Ciúme do Mar,
Revista da AAL, n. 6, p. 23-25 (poesia); Sonetos, Revista da AAL, n. 7, p.
33-35; Diversos, Revista da AAL, n. 8, p. 18-23 (poemas); Canto Nativo, Revista
da AAL, n. 9, p. 20(poesia); Colaborador de diversos periódicos, em especial no
Jornal de Alagoas e no Imparcial (BA).
terça-feira, 28 de outubro de 2014
UMA PAIXÃO E A VONTADE DE MUDAR: CINEMA EM MAJOR É REALIDADE.
Sabe aqueles filmes repetidos da
“Sessão da Tarde”, na programação da Rede Globo, que todo mundo já assistiu
várias vezes? Eles foram o pontapé inicial para inspirar um projeto cativante:
não deixar morrer a Sétima Arte no Sertão de Alagoas. Em Major Izidoro, ninguém
pode reclamar que não tem cinema. O Cine Jaburu preenche as noites de
quinta-feira há um ano, no histórico bairro do Alto da Cila. Com uma paixão por
filmes, o criador do projeto, o radialista Nicélio Leite, 39 anos, carrega nos
ombros uma grande responsabilidade; a de manter o único projeto cultural
continuado do município. Tudo sai do bolso dele e de outros quatro
colaboradores. Toda noite de quinta-feira é o mesmo ritual. O grupo vai até o
bairro, monta o equipamento para projetar o filme, arruma as cadeiras e ainda
arranja tempo para preparar a pipoca – item indispensável para qualquer cinema
–, e distribuir de graça a todos que comparecerem. Impreterivelmente às 19
horas a magia começa. Em um telão de 100 polegadas, os filmes são projetados
para pouco mais de 40 visitantes, amparados por um sistema organizado de cones
e isolamento do local, para que nada atrapalhe a sessão. Tudo transcorre dessa
maneira desde o dia 23 de maio de 2013.
Revivendo os tempos de Jaburu
Quem não é da cidade sertaneja,
certamente estranha a palavra “Jaburu”, que da nome ao cinema. Jaburu nada mais
era que outro amante da Sétima Arte. Jarbas Cassiano foi o pioneiro na ousadia
de querer ir além. Na pacata cidade do interior de Alagoas nos anos 70, ele
começou a fazer o que Nicélio realiza hoje: levar as histórias contadas em tela
para os moradores. Sem vacilar, ele fez isso por 20 anos.
Quando o vereador morreu, levou
junto com ele o projeto, que só veio renascer pelas mãos do radialista, três
anos depois da morte de Jarbas. Para tentar explicar a fascinação pelo cinema e
pela necessidade de compartilhar esse sentimento com as pessoas, o radialista,
em sua simplicidade, fala de forma natural que sua intenção é “divertir a
comunidade izidorense através dos filmes levando cultura e educação de graça”. De
graça também é o valor pelo qual Nicélio e o grupo de aficionados por cinema
trabalham para o projeto. “O poder público não da nem um real”, lamenta Leite,
diante da realidade quase intransponível (e rotineira) de não apoio à cultura
nas cidades do inteiro de Alagoas. Com alguns poucos apoiadores, cada sessão,
realizada semanalmente, custa pouco mais de R$ 30,00. “Sempre que falta alguma
coisa eu complemento”, diz.
Da Sessão da Tarde para o Alto da Cila
Nicélio assistia os filmes da
“Sessão da Tarde” quando criança. Ele cresceu, tornou-se radialista, casou,
teve dois filhos, mas a paixão por filmes continuava inerente a ele. Quando a
vontade é persistente, o destino toma conta de dar chão para o sonho caminhar.
O radialista Izidorense começou a
comprar os filmes. Foi acumulando; de um em um chegou a mais de 450. “Não era
justo este material só eu e meus amigos conhecer”, explica ele ao chegar em casa
um dia e, de repente, ter a ideia de compartilhar a mágica do cinema com toda a
cidade. Nasceu o Cine Jaburu e com ele a vontade de levar cultura à população.
O grupo da preferência a filmes baseados em fatos reais, mas não ficam presos
ao gênero e exibem desde a comédia ao drama. Sempre guardo os filmes em um HD
externo para não correr o risco de perder. Tenho um acervo que só vendo para
crer; tenho material para anos a fio. Faço tudo por amor á cultura e à arte”,
declara. ( Matéria produzida por: Kamylla Lima ).
domingo, 12 de outubro de 2014
A HISTÓRIA DE LAMPIÃO, CONTADA POR MELCHIADES JERÔNYMO DA ROCHA, FILHO DO SAUDOSO PATRIARCA MAJOR IZIDORO..
O hábito de organizar
coleções de objetos de arte, raros ou exóticos, ou de amostras reunidas por
curiosidade científica era comum na Grécia e Roma antigas, segundo referências
que se estendem de Homero (século 9 a.C.) ao ano 125 da Era Cristã, quando
morreu Plutarco. Logo, as coleções se formavam a partir da época helenística, e
daí passaram à Roma do fim da República e do Império. Portanto, é bastante
remoto o gosto de colecionar, especialmente com a preocupação de guardar o
testemunho do passado, em que pudessem ser admiradas e estudadas as coleções de
objetos históricos.
A morte do cangaceiro
Lampião (1898-1938) é um assunto polêmico. Para alguns, revestido de grande
complexidade, de inimagináveis controvérsias. Fato é que o ataque, em 28 de
julho de 1938, da tropa do 2º Batalhão Policial Militar de Alagoas ao
esconderijo Angico, sertão de Sergipe, onde descansavam Lampião, Maria Bonita
(1910-1938) e toda a patota, liquidou 11 cangaceiros no confronto - se é que
houve realmente confronto. Mas qual o destino dos objetos que estavam com os
cangaceiros derrotados em Angico?
Após a refrega, o
jornalista alagoano e redator do periódico carioca A Noite, Melchiades da Rocha
(1899-1996), relata no livroBandoleiros das Catingas as "verdadeiras obras de
arte" que "a polícia alagoana arrecadou na Grota de Angicos".
Tratava-se dos "apetrechos e material de guerra que se encontravam nas
barracas do rústico acampamento do Rei do Cangaço". Algumas dessas peças
se encontram, hoje, no Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, em
Maceió, uma vez que seu acervo reúne objetos e documentos dos mais valiosos
subsídios autênticos, de valor indefinível, dos acontecimentos que envolveram
as volantes e os grupos de cangaceiros no sertão alagoano.
O referido acervo é
constituído por óculos, punhal, cartucheira, chapéu, cantil, armaria, mochilas,
alpercata, colchas, além de uma moldagem da cabeça de Lampião. Além disso, o
acervo possui fotografias, processos jurídicos e diversos bilhetes redigidos
por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seus livrinhos de oração.
A doação ao Instituto
Histórico de Alagoas dos objetos recolhidos após o combate em Angico foi
realizada por ordem do interventor Osman Loureiro (1895-1979), por meio do
ofício nº 1521, datado de 29 de novembro de 1938, em Maceió, assinado por José
Maria Correia das Neves (1886-1953), então secretário do Interior, Educação e
Saúde do Estado de Alagoas. O aviso da oferenda dos "trophéos pertencentes
ao celerado Virgulino" - palavras de Correia das Neves - mereceu espaço
nas atas das reuniões da instituição cultural.
Atendeu ao pedido do
nobre ministro o interventor alagoano Osman Loureiro, no envio dos apetrechos,
entretanto, a imprensa alagoana alertava em suas manchetes que "após a
exposição, os troféus voltarão para Maceió, para que lhe seja dado o destino
que se resolver". Seguindo no navio Itanagé, em 12 de agosto de 1938, com
destino ao Rio de Janeiro, Melchiades da Rocha levou consigo os referidos
"trophéos" para serem exibidos ao público carioca.
Por sua vez, em reunião
no Instituto Histórico, em 11 de agosto de 1938, o presidente Orlando Araújo
(1882-1953) agradeceu aos sócios Paulino Santiago, Ezechias da Rocha e Théo
Brandão "pelo desempenho cabal da missão que lhes fora confiada, de
conseguir para o Instituto a maquete da cabeça e a indumentária do famoso
Lampião". Em encontro posterior, o secretário perpétuo Luiz Lavenère
(1868-1966) informa que "pedira ao governo do Estado que entregasse ao
Instituto a guarda dos objetos que pertenceram ao célebre cangaceiro, obtendo
promessa favorável ao seu apelo, o que o levou a estranhar que tais objetos
estejam sendo exibidos pelo jornal A Noite, do Rio". Mas o apelo do sócio
foi atendido, conforme atesta em ofício dirigido ao instituto, no qual o
interventor Osman Loureiro se manifestou "anunciando haver providenciado o
retorno a esta Capital dos troféus do bando de Lampião".
Na capital Maceió,
aliás, corriam as primeiras notícias a respeito da modelagem da cabeça de
Lampião, pode-se dizer, executada com esmero pelo escultor Lourenço Peixoto
(1897-1986). Na edição concernente ao dia 6 de agosto de 1938, oJornal de
Alagoas registraria aos
leitores que "por solicitação do Instituto Histórico de Alagoas, o
professor Lourenço Peixoto está modelando em gesso a máscara de Lampião".
Segundo o noticiário, pretendia o "Instituto Histórico reconstituir a
figura do 'Rei do Cangaço', nos mesmos moldes como se pratica nos museus
antropológicos".
Entretanto, Lourenço
Peixoto executou seu trabalho artístico bem antes que o professor Arnaldo
Silveira, docente da renomada Faculdade de Medicina da Bahia, fizesse o
traslado para Salvador apenas das cabeças de Lampião e Maria Bonita. Enquanto
isso, Lavenère, em um resmungo descabido, quis apressar o regresso dos objetos
dos cangaceiros a Alagoas, talvez receoso de que pudessem permanecer no Rio de
Janeiro, por causa da prontidão com que o interventor atendia aos pedidos dos
interessados.
E assim, o Diário
Oficial do Estado publicou, em 1º de dezembro de 1938, o mencionado ofício nº
1.521 ofertando os objetos ao Instituto Histórico, discriminados em inventário
conforme o script. Ao mesmo tempo em que as reuniões na entidade cultural
aconteciam quase vazias, pelo diminuto número de sócios presentes, por outro
lado, a exibição dos objetos capturados em Angico adornava as vitrinas do
museu, atraindo os olhares de jornalistas, letrados e autoridades.
ESPÓLIO CAUSOU INTRIGA ESTADUAL
Ao entardecer do
longínquo maio de 1939, quando uma comitiva, encabeçada pelo secretário Luiz
Lavenère, visitava o museu do Instituto Histórico, por um descuido, notou-se o
sumiço de dois objetos pertencentes a Lampião. O desaparecimento logo provocou
vozerio. A correria e um sentimento de urgência atingiram o esguio Lavenère.
Diante desse incômodo, talvez rememorando o empenho em que pôde triunfar após a
conquista na captura dos objetos - que tudo isso, decerto, seria a maior das
vaidades -, fragilizou-se o destemido secretário. Preocupado com o fato -
ou melhor, o furto -, o próprio Lavenère, na sessão ordinária de 31 de maio de
1939, pedindo para constar na ata "ad perpetuam rei memoriam (para perpétua lembrança)",
solicitou o registro do "desaparecimento de dois anéis que pertenceram a
Lampião, fato ocorrido por ocasião da visita que o exmo. sr. interventor do Rio
Grande do Norte e seu secretário fizeram ao instituto". Os objetos
desaparecidos, provavelmente, seriam as seguintes peças: um anel de ouro com as
iniciais na parte exterior C.V.L. e uma aliança de ouro com a inscrição
"Capitão Lampião", na parte interna, conforme descreve o inventário. Como em qualquer
coleção, o que não faltam são vestígios dispersos e, recuperar a sua história
é, no mínimo, revelador. Do rico acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de
Janeiro, uma peça se destaca, particularmente, pela cadente história de como
ali fora identificada: o vestido de Maria Bonita. Consta nos arquivos do museu
que "o vestido de Maria Bonita foi, de certa forma, 'esquecido' ao longo
do tempo". Mas este "esquecimento" durou somente até o momento
em que um pesquisador, aficionado pelo cangacismo, procurou a instituição. Ele
indagou sobre ali se encontrar a peça pertencente à baiana Maria de Déa ou
simplesmente Maria Gomes Oliveira - nome de nascimento de Maria Bonita (1910-1938)
-, que "teria sido doada ao museu nos anos 70".
Segundo os registros, o
pesquisador "tinha informações precisas e descreveu a peça em
detalhes", desencadeando o "procura daqui, procura dali, [até que] o
vestido foi identificado. Salvo do esquecimento, passou [finalmente] a
constituir uma relíquia" do acervo, o vistoso objeto da mulher que
perambulava sertão adentro. A doação do vestido foi feita pela atriz Nádia
Maria, cujos familiares o receberam por meio do jornalista Melchiades da Rocha,
o qual, por sua vez, foi agraciado pela oferta da vestimenta por intermédio do
aspirante Francisco Ferreira Melo, da Polícia de Alagoas. Com vistas à
preservação da memória regional, essas peças que constituem um expressivo valor
histórico, como resgate de uma época marcada pelo banditismo, continuam a
provocar reflexões sobre as possibilidades e direções relativas aos estudos de
nossa formação e identidade. São fragmentos de uma natureza simbólica num
encontro imaginário, nos quais a memória preservada ocupa espaço nos dias
atuais, em uma época em que as lições do passado são tragadas pelo
esquecimento. Destino inglório, na
vitrina que atenua a luminosidade no Museu do Instituto Histórico e Geográfico
de Alagoas, onde assentam vestígios materiais do cangaço, não para reverência,
mas somente ressoando os ecos da história. ( Matéria e fotos extraídas do sitio Portal Ciência e
Vida ).
https://drive.google.com/file/d/1Qo2PsMa12lIjN9RXpD4z_-alTk-W9l1-/view?usp=sharing
terça-feira, 19 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DO NOSSO INESQUECÍVEL EX-GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS.
Que a
vida passa, mas as obras de um homem fica como os seus legados, que são peças
que jamais tiraram da humanidade, são dádivas doadas por Deus. O homem e a
mulher são iguais em quase todo o seu ser com suas minúsculas diferenças entre
legados, culturas, formas físicas e vontade de mudar o mundo. Eduardo foi esse
homem que mudou a vida das pessoas e passou os seus ensinamentos, e provou que
o Brasil tem jeito e forma de ser sempre reconstruído, pois não é a infração e
a corrupção que vai levar o colapso o brasil.
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